Terça-feira- 12 de dezembro de 2017
Ainda com forças e crendo num milagre, Jaqueline vai lutar até o fim |
Uma comunidade mobilizada onde
alguns doaram alimentos aos irmãos, outros participaram do bingo para arrecadar
dinheiro e com isso fazer um exame que custa 6 mil reais, e quem não pode ou
não tem o que doar, entrou na corrente de orações. Assim tem sido as últimas
semanas em Piratini depois que a mãe do bebê Maria Flor, de cinco meses, passou
a pedir ajuda à filha nas redes sociais. As fotos e vídeos do neném publicados,
despertaram uma corrente de solidariedade para que os pais, Jaqueline
Nascimento e Paulo Murrão, também se sustentassem inicialmente em canoas e
depois em Porto Alegre para onde Flor
foi transferida.
Com a realização do bingo
ocorrido na sexta-feira, 08, e as doações na conta aberta em uma agência
bancária, faltava pouco mais de R$ 1.300,00 para a realização do teste que detectaria
qual dos tipos de doença genética a paciente tem.
- Estamos torcendo que seja do
tipo menos agressivo, assim terá tratamento e nós vamos ter ela perto de nós –
disse Jaqueline ao Eu Falei na semana passada.
Mas infelizmente as notícias que
chegaram até nossa redação nesta terça-feira, 12, são desanimadoras e como não
poderia ser diferente, provocaram as lágrimas da mãe ao falar com nossa
reportagem por telefone.
Na tarde de hoje, a junta médica
do Hospital de Clínicas reuniu-se com mãe pai, para dizer que foi fechado um diagnóstico, o
pior deles.
- A equipe que está cuidando dela
diagnosticou que nossa filha tem SMARD, doença que afeta os músculos e órgãos do corpo, inclusive os responsáveis pela respiração, ou seja, o pior e mais agressivo tipo
da doença, exatamente o grau que não há tratamento. A doença da Flor não tem
cura, praticamente pediram para a gente sentar e assistir ela partir – relatou extremamente
emocionada Jaqueline.
Aos profissionais ela questionou
qual era a expectativa de vida de sua filha e, novamente, a notícia foi
desanimadora. A geneticista explicou que há menos de 30 casos conhecidos no
mundo inteiro e que a criança que viveu mais alcançou um ano e sete meses.
Quanto ao exame, chamado teste
molecular, que custa 6 mil reais, uma médica do hospital conseguiu que o mesmo
seja realizado nos Estados Unidos por 2 mil reais e, significa um fio muito
curto de esperança para a família, pois pode dar conclusivo ou não. O problema
é que para a realização deste teste os pais estão encontrando barreiras
burocráticas na unidade hospitalar. Pelas regras, nenhum médico que atua pelo
SUS em um hospital que também interna pelo Sistema Único, pode requisitar um
exame custeado de forma particular, ou seja, Flor teria que dar alta, o que é
impossível, pois respira com ajuda de aparelhos.
- Não vou me conformar nunca com
isso, vamos até o fim, e enquanto eu puder vou insistir. Não é possível que
Deus nos dê uma criança para somente assistir ao sofrimento dela – finalizou em
prantos a mãe de Flor.
Nelrosa@nativafmpiratini.com
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
Nelrosa@nativafmpiratini.com
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