Terça-feira- 12 de dezembro de 2017
Parlamentares poderão votar projeto na última sessão do legislativo |
O
corretor de imóveis, Otávio Vaz, no mercado há cinco anos, andava de um lado
para o outro antes do inicio da sessão ordinária do legislativo em 2017
realizada na sexta-feira, 15. Ele gesticulava, fornecia dados, protestava junto
a alguns vereadores da oposição, expunha sua opinião para outros que são
governistas abordando o projeto 24/2017, que tinha expectativa de ser votado
naquela sessão e que se aprovado, alteraria os dispositivos do Código
Tributário Municipal e assim permitiria uma atualização da tabela do valor
venal dos imóveis rurais e urbanos para fins de avaliação.
O imposto
em questão que irritou o corretor é o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens de
Imóveis) que o comprador tem que pagar ao adquirir o imóvel que justifica a prefeitura não é
atualizado desde 2008.
- Hoje o
valor mínimo de avaliação a fim de impostos e de R$ 3.160,00, e se aprovado
esse projeto, os valores sobem para R$ 5.000,00, R$ 8.000,00 e R$ 10.000, o que
eu considero um absurdo e tenho convicção que quem vai acabar pagando essa
conta é o vendedor – opina Vaz.
Na visão
dele, os preços devem ser regulados pela posição geográfica em que as terras se
encontram, pois como exemplificou, há locais onde só se tem serra e não servem
nem para a criação de cabritos e, os principais compradores que já foram às
empresas de reflorestamento, pararam de adquirir em Piratini, impactando
negativamente o setor.
- Há
terras hoje ao valor de R$ 2.000,00 o hectare como na Serra das Mercedes, a 25
quilômetros da cidade, e não aparecem compradores. Por este projeto, o
vendedor ganharia estes R$ 2.000,00 e pagaria ou vai acabar pagando, R$
5.000,00 ou até R$ 10.000,00 reais de tributos.
Pelo
texto da matéria do executivo, no caso da zona rural, terras altas e rochosas,
o imposto é de 5 mil, terras planas, 8 mil e terras aptas para lavoura, 10 mil.
Vaz
entende que pequeno produtor, distante da cidade, que já não tem estrutura como
estrada, por exemplo, será o mais prejudicado, por isso considera o aumento
fora da realidade.
O
prefeito Vitor Ivan, PDT, argumenta que quando comparada com o valor real
de venda de terras praticado no mercado local, percebe-se que há uma imensa
desproporção de valores, tomando como base para apuração, levantamento
amostral realizado pelo setor de fiscalização municipal em que constatou uma
perda de arrecadação e há a possibilidade de caracterização de renúncia de
receita, por apontamento do Tribunal de Contas do Estado.
Por fim,
o vereador Marcial Guastucci, PMDB, pediu vistas ao projeto assim, terá que ser
convocada uma sessão extraordinária para nova discussão e votação.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
elrosa@nativafmpiratini.com
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