Dia "D" de vacinação não atrai e índice não é alcançado

Segunda- feira, 20 de agosto de 2018

Apenas 47% da meta foi alcançada

E não teve jeito: apelos na mídia e redes sociais e, principalmente o perigo oferecido por quem venha a contrair as patologias novamente presentes no país, não foram suficientes para fazer com que pais e responsáveis se dirigissem com seus filhos com idade entre um e cinco anos incompletos aos postos de saúde de Piratini para que vacinas da poliomielite e do sarampo fossem aplicadas.

Ao final do dia “D”, ocorrido no sábado, 18, os números que decepcionaram o secretário de saúde Diego Espíndola, só confirmaram o que mostrou o pífio movimento durante as oito horas em que a imunização esteve disponível.

“Atingimos apenas 47% dos 60% que esperávamos ter, isso já tendo aberto mão dos 90% projetados no inicio da campanha, dado ao pouco interesse dos pais e responsáveis, situação também presenciada no Estado e no Brasil”, disse Espíndola diante do comportamento inesperado, surpreendente e até irresponsável dado ao perigo oferecido pelo sarampo que pode ocasionar o óbito e da poliomielite que em quase 100% dos casos tira o movimento das pernas.

O secretário promete ir além para aumentar o índice, inclusive praticar a chamada “busca “ativa, assim pretende, se a campanha junto às escolas infantis onde se encontra a faixa etária a ser imunizada não funcionar, reunir a equipe de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes epidemiológicos e, inclusive acompanha-los ao visitar as casas do município para convencer os pais a vacinarem os pequenos.

“Infelizmente foi uma cobertura muito baixa, mas não vamos nos entregar. Nossa ideia é além de continuar com a campanha nos meios de comunicação e redes sociais, se preciso for bater à porta das residências para buscar os que faltam, usando também cartinhas que serão enviadas aos pais através dos filhos na rede escolar, enfim, vamos intensificar”, promete o secretário.

“Nosso prazo é até o final do mês, mas diante da pouca procura pelas vacinas acredito que o Ministério da Saúde vai prorroga-lo, com isso vamos envolver outras duas secretarias: Educação e Assistência Social e, se ainda assim não adiantar, certamente o Governo Federal se utilizará de outros meios para que as crianças recebam a imunização”, concluiu.

Reportagem: Nael Rosa

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