Executar tarefas comuns, mas
que só podem ser feitas no eixo urbano de Piratini há duas semanas está
praticamente impossível para quem reside no segundo distrito do município, (o
maior entre os cinco) e não possui veículo automotor, como carro ou moto.
Quem reside em cinco
assentamentos e não tem tal condição de deslocamento, está sem transporte coletivo,
uma vez que a Expresso Farroupilha, empresa que há três décadas é responsável
pelo ir e vir de passageiros cinco vezes por semana confirmou que vai desistir da concessão.
“Já estamos há um período
longo com os ônibus estragados, o que nos fez terceirizar a linha para outro
proprietário de veículo que também parou de fazer o percurso, pois o coletivo da
mesma forma estragou, assim decidimos parar em definitivo”, disse Nairo Zafalon,
sucessor do pai e ainda oficialmente responsável pela linha. Ele aponta os
motivos para a decisão.
“Quando minha família
começou a prestar o serviço há trinta anos, havia um número muito maior de moradores
na zona rural, inclusive no segundo. Com o passar do tempo o êxodo rural se
tornou muito grande, as pessoas foram embora e a grande maioria dos que ficaram
possui transporte próprio. Essa realidade reduziu drasticamente o fluxo de
passageiros durante todas as viagens que realizamos, é muito pequeno, o que já não oportuniza mais
lucro”.
Zafalon ainda apontou o
continuo e péssimo estado das estradas como fator para a constante deterioração
dos ônibus usados.
“Não posso justificar que
vamos parar por causa das estradas, mas é fato que elas são uma parte de nossa
ausência de lucro. Realmente não será mais possível”, afirmou o empresário.
Além de residentes nas varias localidades do referido distrito, estão sem transporte os moradores dos assentamentos Umbu, Santo antônio, Cachoeirinha, Itasucê, 22 de Novembro e Nova Sociedade.
Reportagem: Nael Rosa
Contato: 53- 984-586380 e 53- 999-502191
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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