quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Obstetrícia do hospital continua em dificuldades


 Quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Laerto não vê um futuro promisso para a especialidade em Piratini
O diretor do Hospital de Caridade Nossa senhora da Conceição de Piratini, Laerto Farias, anunciou na quinta-feira, 31 de outubro que a instituição renovou com o Estado o contrato para retomar na íntegra a referência em obstetrícia, o que vai permitir que, além de gestantes de Piratini, também grávidas dos municípios de Pedras Altas, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Cerrito, possam ter seus bebês em solo piratiniense.


Mas o diretor entende que a renovação do compromisso para todo o ano de 2019, significa apenas um alento que vai permitir à instituição respirar um pouco melhor nesse sentido, uma vez que, durante os três anos de prestação do mesmo, a entidade enfrenta  sérios problemas que se agravaram a partir de março deste ano, o que obrigou o Conceição reduzir de sete para seis, e depois para três dias por semana o nascimento de crianças no município, 

 " O que ganhamos agora foi  um "folego" nos que diz respeito a receita a ser gerada, que, mesmo não cobrindo completamente o gasto com partos normais ou por cesariana, ao menos reduzirá o déficit causado pelo baixo valor pago pelo governo estadual, e pelo alto custo para manter três profissionais disponíveis 44 horas por dia, sete dias por semana", disse Farias, justificando que somente com pediatra, anestesista e obstetra, que é o que as normas exigem, paga-se por mês R$ 129, 600,00 (cento e vinte e nove mil e seiscentos reais) e recém agora, como os novos valores negociados, o repasse será de apenas R$ 103 mil por mês, o que significa mais de R$ 23 mil negativo  cada trinta dias.

Mas o prejuízo a cada trinta dias vai além, uma vez que, ainda é preciso custear a estrutura em torno dos nascimentos, por exemplo: o aparato para a equipe médica obrigatória, entre eles, técnicas ou técnicos em enfermagem e enfermeiras.

“ Faz três meses que não recebemos o que nos é devido e em todos há a necessidade de retirar dinheiro de outras áreas do hospital para cobrir a obstetrícia, e agora, pelas contas que fizemos, não menos que R$ 60 mil mensais sairão do cofre da instituição, assim, entendo que somente se houver uma mudança de postura do novo governo do Estado, valorizando esse serviço, o futuro nos remete a que, inclusive piratinienses passem num futuro próximo a nascer em Pelotas e Rio Grande, pois financeiramente falando se tornará totalmente inviável darmos continuidade na referência”, prevê o diretor.
                                                                                                                                                     





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