Quinta-feira, 17 de outubro de 2018
Parte dos alunos da Escola João Abílio tem faltado a aula |
Tornaram a acontecer, o que começou logo
a seguir o recomeço do ano letivo, em março de 2018, e continuarão ocorrendo
até o final do mesmo. Essa é a conclusão que se pode tirar depois que a
reportagem conversou com o prefeito Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues- vitão, na
tarde da quarta-feira, 17, quando o indagou sobre uma solução para o crônico
problema da ausência por dias seguidos do transporte escolar responsável por
conduzir principalmente alunos que estudam nos educandários situados na zona
rural.
Desta vez a pergunta feita ao prefeito foi gerada depois de constantes
reclamações para a imprensa feita por vários pais que, por exemplo, há 15 dias
não conseguem enviar os filhos para a Escola Estadual João Abílio Vaz, situação
confirmada pela diretora Eliana Pereira da Luz.
O problema é tão grave no que diz
respeito a captação de conteúdos e avanço dos colegiais, que a direção da
Abílio Vaz tenta uma solução paliativa.
Como muitos de nossos estudantes moradores no
primeiro e no quinto distritos não frequentam as aulas desde o dia 02 de
outubro, mesmo que o ideal seja que o aluno esteja presente, não podemos e não vamos
desistir deles, portanto, diariamente tiramos uma cópia de todo o conteúdo dado
em sala para, quando retornarem nós vamos explicar e revisar toda a matéria com
eles”, explicou a gestora.
O motivo de não enxergar um horizonte em
médio prazo para retomar o fluxo norma de ônibus e vans durante os cinco dias
letivos semanais, é a situação das finanças da prefeitura, e para justificar o
atraso do pagamento das empresas terceirizadas, Vitão não vê outra saída a não
ser se repetir como já fez em outras oportunidades.
“Estamos pagando uma dívida que não
foi feita em minha administração. Ela é muito grande e fez com que para a
horarmos parcelássemos o montante que a gestão anterior deixou de pagar nos
anos de 2014, 2015 e 2016. O que ocorre é que só temos a verba enviada pelo Estado
para quitar tais valores, recursos que, é obvio, são insuficientes e não nos
permitem pagar as parcelas renegociadas e manter em dia o pagamento deste ano”,
tornou a explicar o prefeito.
Ela acrescenta que, reconhece o
esforço feito pelos empresários que prestam o serviço para a prefeitura, mas
sabe que o mesmo é feito com significativo sacrifício.
“Principalmente aquele que é pequeno,
que possui somente uma van, por exemplo, chega em determinada data do mês que,
por ainda não ter recebido não tem nem mesmo dinheiro ou crédito junto ao posto
de combustível para abastecer o veículo e continuar transportando, o fôlego deles
é pequeno e a nossa incapacidade financeira é grande”, admite.
Reportagem: Nael Rosa
Contato: 53- 984-586380 e 53- 999-502191
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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