terça-feira, 26 de setembro de 2017

Eduarda supera MP e absolve dois no Tribunal do Juri

26 de setembro de 2017
Sustentações da advogada convenceram o corpo de jurados
Foram sete horas e meia de argumentos, justificativas, acusações e defesas para que, finalmente a justiça finalizasse um processo que já durava quase 16 anos, ocorrido no Assentamento 22 de novembro, localidade Ferraria, 2º Distrito de Piratini em 2002.

Evandro, a vitima que hoje tem uma vida vegetativa dado ao ferimento, Marcílio Araújo dos Santos, na época com 22 anos e seu irmão Darci Araújo dos Santos, na data do fato com 27 anos, pouco tinham diálogo mesmo trabalhando juntos na formação do assentamento.

No dia fatídico, todos foram a um torneio de futebol em outro assentamento. Durante a partida se desentenderam e trocaram ameaças segundo consta no processo.Mais tarde, desarmando, Evandro foi desafiar os irmãos em sua casa.

 Nos autos contém que Darci e Evandro passaram a lutar para ver quem conseguia tomar a espingarda do outro. Nesse momento, o outro irmão, Marcílio pegou um revolver calibre 38 e desferiu um tiro na cabeça de Evandro.

A vítima foi conduzida a Pelotas, passou por varias cirurgias e, em definitivo vai viver dias de limitações.

Os suspeitos e depois transformados em acusados, perderam os lotes conquistados no assentamento e foram praticamente expulsos do local devido ao fato- Marcilio foi para o município de Parobé e o irmão para Santa Catarina já que não haviam sido presos pelo fato.

Tudo contribuía para a condenação dos réus por homicídio qualificado no Tribunal do Júri montado na Associação Atlética Banco Brasil e presidido pelo magistrado da comarca Mauro Peil.

Na acusação, o experiente e acostumado mais a ganhar do que a perder, promotor Adoniran Lemos. Do outro uma jovem advogado filha de uma família de juristas, chamada Eduarda Corral.

O julgamento se já não o é, se tornou um jogo de estratégias com Eduarda sustentando a tese de legitima defesa mesmo diante da descrita cena do crime por uma das testemunhas que depuseram na fase policial que os irmãos usados estavam com três armas e haviam sido os culpados.A favor dela, uma testemunha mulher que alegava ao contrário.

Durante todas as falas da advogada, mas principalmente na tréplica, o promotor tentou desestabilizar Eduarda com intervenções repetitivas autorizadas ou não por ela, precisando em alguns momentos a necessária intervenção do juiz.

Ao final do julgamento e com a vitória assegurada, Dra. Eduarda falou sobre as tentativas de desestabilização por parte do representante do Ministério Publico o que chamamos de aparte e pode ser requisitado por ambas às partes.

Tudo que a nós é dito ou questionado abala. Num plenário de júri o aparte e uma das formas mais conhecidas de desestabilizar o adversário. Isso pode mudar ao longo do tempo, mas por enquanto não sou fã de apartes porque ele interrompe a linha de raciocínio. Claro que quando sofremos uma intervenção com o intuito de desestabilizar, o importante é que mantenhamos o foco nos autos e, se é que existe uma técnica,  conhecer muito em o processo”.Resumiu a causídica.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380


email:naelrosa@nativafmpiratini.com

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