Lá
se vão dois meses em que a vacina que protege o organismo humano contra a popular Gripe A está disponível nos postos de saúde de Piratini, mas assim como ocorreu
recentemente com a imunização da Poliomielite, o resultado novamente foi pífio.
Segundo
apontam os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde local, o índice registrado até
o momento está muito abaixo do pretendido pelo órgão que ambicionava vacinar
4.400 pessoas, mas conseguiu alcançar apenas 2536 vacinados, o que representa
57% da meta.
- É
um dos índices mais baixos registrados entre os municípios da região – lamenta a
enfermeira da Secretaria de Saúde de Piratini, Fernanda Hernandes.
A profissional
observou que as faixas ou grupos classificados como de risco, formado por profissionais de
saúde, gestantes, crianças entre seis meses
e menores de dois anos e idosos com idade a partir de sessenta anos, são
os que menos procuraram os postos da Vila Nova, Cancelão e Central para receber
a imunização que atualmente, ao contrário dos anos anteriores, também já
protege contra a gripe comum e que no RS já causou a morte de nove pessoas.
- Quando
abrimos a vacinação para a população em geral e para os doentes crônicos, houve
uma procura mais ampla, mas agora só dispomos de estoque para o grupo de risco por
estes estarem entre aqueles mais expostos ou que se contaminados pelo vírus terão
consequências mais graves – informou.
- Mais
uma vez nos esforçamos, divulgamos a campanha na mídia, realizamos um
chamamento para atrair e mostrar a importância da vacina às pessoas,
mas novamente não surtiu o efeito esperado. Sentimos que há uma resistência entre
os que deveriam ser os mais interessados – disse a enfermeira dando como
exemplo mitos sem nenhuma comprovação científica.
- Muita
gente acha que a vacina causa efeitos colaterais e até mesmo o aparecimento da
gripe, o que não é verdade, pois não há contraindicação. O que pode ocorrer é
uma coincidência: o vírus já está no organismo e se manifesta naturalmente, mas
como alguns fizeram a vacina acabam associando – explicou, concordando que se a
imunização fosse maior haveria uma redução nas internações e complicações das
doenças respiratórias nesta época.
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