Juntos há 50 anos, médico e professora recordam início do romance
A voz mansa e o bom humor do obstetra aposentado, Romulo
Panatieri , 79 anos, pode ter sido algumas das armas usadas por ele para conquistar a até
então amiga de infância e professora aposentada, Terezinha Carlinda, 71 anos.
A amizade entre as famílias oportunizou que Rômulo
acompanhasse a futura companheira praticamente desde que ela nasceu e já
adultos, uma viagem a praia, presente do futuro sogro, permitiu que ambos
percebessem as afinidades.
- Ali, na praia, nos damos conta existir entre
nós algo a mais que nossa grande amizade - recorda Terezinha, com olhos azuis
que apaixonaram o marido ainda brilhando.
Do início do romance, em 1961, lembranças engraçadas dos
artifícios usados para driblar a vigilância constante da mãe e as limitações do
tradicional namoro de sofá.
- Minha mãe ficava sentada em uma cadeira de balanço
junto a nós na sala até as duas da manhã. Ali rezava um terço e quando cansava
e tirava uns cochilos, a gente aproveitava para dar uns beijos, mas era tudo muito
rápido e quando ela acordava dizia: eu não estou dormindo e sim rezando –
contou Terezinha e nessa hora impossível não provocar risos em todos.
Para ela, o segredo de uma relação tão duradoura em
épocas que uniões começam e se desfazem em dias, é a soma de companheirismo,
amizade, confiança e a arte do perdão.
- Somos humanos e falhamos e saber perdoar é essencial,
pois sem isso não existe convívio e o casal não se torna um só ser. Nós somos assim – resumi.
Ao falar, o Doutor se desmancha:
- Ela acorda pela manhã com um sorriso lindo e tem um
olhar que é algo fabuloso. Foram esses olhos que me atraíram e muito e, não somente
porque são azuis, mas por terem algo a mais – declarou-se o médico como se
fosse um adolescente.
- Eu recordo que a vi no umbral da minha casa com um vestido
de bolinhas verdes. Quando olhei para aquela mulher disse: essa é perfeita para
viver uma vida a dois. Eu não estava enganado, até hoje sou apaixonado por essa
mulher – ampliou.
A união rendeu dez filhos, metade homens e metade mulheres.
O casal gosta de dizer que cinco foram gerados por eles e cinco pelo coração, forma amorosa de se referir aos adotados.
Linda reportagem. Aliás, não poderia ser diferente vindo desse casal maravilhoso. Formaram uma família encantadora, igualzinha a eles! Abraços, queridos amigos. Felicidades.
ResponderExcluirMaria Eugênia L. Oppelt
Parabens ao exemplo que estão dando a linda família de vocês.Abraços dos primos. Neusa e Reinaldo
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