quarta-feira, 17 de maio de 2017

3ª Feira do Feijão Orgânico foi atração no Palanque

Quarta-feira- 17 de maio de 2017
Cerca de 27 variedades foram comercializadas na feira
O feijão é considerado um dos alimentos mais antigos consumidos pelo homem. Há quem não troque um prato dessa leguminosa por nada.

Saboroso e altamente nutritivo é fonte de inúmeras vitaminas e, descobertas arqueológicas de aproximadamente 10.000 a.C, indicam que o grão cultivado teve sua origem na América do Sul, mais precisamente no Peru, e posteriormente foi levado para regiões mexicanas onde também era cultuado como símbolo da vida.

Guapo, Brilhante, Explendor e Vermelho foram algumas das variedades expostas e comercializadas na 3ª Feira do Feijão Orgânico promovida pela Associação de Produção Ecológica (APECOL), Emater/ ASCAR e Bionatur, empresa situada em Candiota que comercializa sementes orgânicas, ou seja, livre de agrotóxicos.

Foi feijão de tudo que é cor, preço e tamanho, tudo produzido pelos 13 agricultores assentados da reforma agrária que integram a associação.

 A extensionista rural, Luciana Pranke, da EMATER, órgão que durante o ano inteiro dá suporte aos agricultores garante a qualidade do produto.
- Foram 27 variedades produzidas aqui em Piratini à disposição da população nesta feira. Em termos de clima os produtores foram ajudados e toda a produção à venda é nova, é desta safra, é de qualidade e certificada pela Biodinâmica- assegura Luciana.

Ela  acrescenta que todos os envolvidos estão em busca por novas variedades, mesmo que pouco conhecida do público, mas tão ou mais saborosa que o feijão preto tradicional.
- Além dos pretos existem vários coloridos que são bons de panela, bonitos e saborosos e que integram variedades sempre produzidas na região, mas que não havia comercialização e por isso não são conhecidas do consumidor – explica.

José Gabriel Venâncio- 48 anos, um dos produtores que expôs na feira, pode ser considerado um pioneiro no cultivo do alimento popular livre de agrotóxicos, pois desde que foi criado o seu assentamento na antiga CICA, no segundo distrito no ano de 1993, portanto há 24 anos, ele planta o grão.
- Sempre foi limpo, orgânico, sem nada de herbicida, ureia ou adubo químico- orgulhasse.
Por isso Venâncio lembra que a facilidade de inseri-lo no mercado é grande, o que ainda não e possível por não obterem uma produção suficiente para o consumo em Piratini. Desta forma só mesmo aproveitando a feira semanal ao ar livre na praça para adquirir o produto.

Ele lembra que em 2016 faltou feijão ao longo do ciclo de 12 meses, mas que em 2017 a produção foi maior e que este ano terá feijão suficiente.
- Se somarmos o que foi plantado e colhido também no assentamento Rubira acredito que chegamos a seis toneladas- acrescenta.

Quanto ao valor de mercado acima do que é praticado com relação ao industrializado, o assentado lembra que o preço é mais elevado porque é uma produção rara, pouca e limpa. Por exemplo: o convencional custa no supermercado hoje em torno de R$ 4,00 o quilo do feijão preto. Na feira da APECOL, o de mesma cor custa R$ 6,00.
- Custa mais, mas não sobra nada. Tudo que não é comercializado nas feiras em Piratini tem venda garantida – Assegura.

Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380

email:naelrosa@nativafmpiratini.com

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