Terça-feira- 12 de novembro
Em 2013 completaram-se sessenta anos, mais precisamente no dia sete de julho, de uma mudança muito importante na família Cardoso. Dos treze filhos de Tomaz dos Santos Cardoso e Fermina Ferreira Cardoso sobraram apenas três para contar a história em detalhes. Carlos Cardoso, Dinarte Cardoso e Paulo Cardoso são os esteios da bonita história de luta e perpetuação de um legado.
O berço da família inicialmente foi a cidade de Canguçu, mas após a morte prematura do patriarca Tomaz Cardoso (1872-1937) os filhos que permaneciam morando com a mãe Fermina resolveram buscar novos horizontes visando menores dificuldades na rotina árdua de trabalho da agricultura de sobrevivência e trocaram suas terras na localidade de Posto Branco em Canguçu por uma propriedade na localidade de São Timóteo no município de Piratini. A cidade, que fora a primeira capital dos farrapos, estava a aproximadamente 70 quilômetros de distância de Canguçu, mas que representavam milhares de léguas à família, pois teriam que iniciar tudo do zero.
A maioria dos membros da família passou a vida dizendo que a coragem fora herdada do pai de Tomaz, Feliciano dos Santos Cardoso. Conta a história que Feliciano, integrante da infantaria do exército brasileiro, em meio à guerra do Paraguai, cortara o pavio de uma bomba em plena trajetória com seu sabre, salvando todo o seu regimento. Em 1870 ao fim do conflito foi condecorado com uma medalha de honra ao mérito e uma espada de prata. Anos depois Tomaz também fora um exemplo para a família ao ser nomeado subdelegado de polícia do 1º distrito de Canguçu.
Mas voltando à jornada, no dia sete de julho de 1953, após 72 horas de muito barro na precária estrada da época chegaram os primeiros integrantes da família à propriedade, Paulo Cardoso e sua esposa Seni Gonçalves Cardoso. Logo em seguida vieram Dinarte Cardoso e sua esposa Diná Cardoso, Carlos Cardoso, Ari Cardoso, Alci Cardoso, Luísa Cardoso e seu marido Albino Gonçalves da Silva, e a matriarca Fermina Ferreira Cardoso. No meio dessa história dois casais foram formados unindo duas famílias, os Cardoso e os Gonçalves. Paulo e Luísa Cardoso, irmãos, casaram-se respectivamente com Seni e Albino Gonçalves, dando origem aos Gonçalves Cardoso.
A família Gonçalves, também de Canguçu, era formada pelo casal José Maria Gonçalves da Silva, mais conhecido como Zeca Gonçalves, e Ana Maria Gonçalves da Silva, a dona Maruca. Moravam na localidade de Nova Gonçalves, batizada pela influência política da família. Zeca Gonçalves detinha o comércio local e a família trabalhava predominantemente na agricultura.
Sessenta anos depois os descendentes se reúnem para realizar uma cavalga em homenagem à bravura dos primeiros Gonçalves Cardoso a conquistar Piratini.
Será realizada a 2ª Cavalgada dos Cardoso. A primeira edição foi em 2012, saindo do que sobrou da antiga casa da família Cardoso no Posto Branco, chegando à São Timóteo. Este ano o trajeto será aumentado, os cavalarianos sairão no dia 15 de novembro da localidade de Nova Gonçalves, passarão pelo Posto Branco e vão percorrer os mesmo 80 quilômetros, cruzados em 1953, até chegar à São Timóteo no dia 17 de novembro. Os três caudilhos, Carlos, Paulo e Dinarte, representando os esteios da família Cardoso, e as remanescentes Vanda, Seni, Alvarina, Osmarina e Ulda, representando a família Gonçalves, estarão na chegada para serem homenageados, pois são o principal motivo da festa.
Programação:
14-11-13 (quinta-feira).
Janta churrasco em Canguçu, Nova Gonçalves, venda do Sr Elmo Kern.
15-11-13 (sexta-feira)
Saída de Canguçu Nova Gonçalves, venda do Sr. Elmo Kern.
Almoço no Posto Branco.
Pouso na Sede Campeira do CTG Sinuelo com musica ao vivo, artistas da terra
16-11-13 (sábado)
Almoço na Santa Clara.
Pouso no Sitio São Paulo do Paulo Cardoso.
17-11-13(domingo).
Café da manha no Solar dos Cardoso.
Almoço no Recanto Herança Farroupilha.
Fonte: acervo da Família Cardoso.
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