Quinta-feira- 23 de maio de 2019
Defensor vai recorrer da sentença e acredita que o juri será anulado |
O réu
Luciano da Rosa Marques, 35 anos, acusado de assassinar a então esposa, Letícia
Dutra da Luz, crime acontecido em janeiro de 2016 no bairro Padre Reinaldo, foi
considerado culpado pelo feminicídio, sendo assim condenado pelo juiz Igor Guerzeroni
Hamade, a 18 anos e oito meses de prisão.
O julgamento
foi realizado na Associação Atlética Banco do Brasil sem a presença do réu,
pois o magistrado foi informado pela escolta que o acusado se encontrava em
surto dentro da viatura que o trouxe do Instituto para a instituição.
O
veredito do corpo de jurados foi uma surpresa, não só para os expectadores, mas
também para o promotor José Olavo dos Passos e para o defensor do acusado,
Wilbor Duarte Pinheiro, uma vez que ambos requisitaram a absolvição de Luciano,
alegando que ele deveria receber uma medida de segurança, o que significa permanecer
internado dado a sua condição psiquiátrica.
“Há um
laudo de três psiquiatras atestando que ele é um doente mental, psicótico e não
tinha ciência do que ele fazia ou fez. Os jurados são soberanos para decidir, e não aceitaram esse laudo. Certamente a
defesa irá recorrer e o Ministério Público vai manter sua posição, ou seja, de que
o réu é incapaz, portanto inimputável, e sim passível de ser mantido internando
aonde já se encontra”, falou o promotor.
O defensor Wilbor Duarte Pinheiro, assegurou que
irá recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado, e acredita que o júri será
anulado.
“Estamos
todos surpresos. A impossibilidade de ouvi-lo hoje devido ao surto que teve
mostra que ele não pode ser mantido e um presídio, o que o laudo do Instituto atesta
e foi também foi a linha, tanto da defesa quanto da Promotoria. Ele é incapaz
desde a época do ocorrido, portanto perante a lei o Luciano é inimputável, assim
não há crime, então não há culpabilidade e ele deve sim ser mantido internado”,
argumentou Pinheiro.
Diante da
condição psiquiátrica do réu, o juiz decidiu que ele permanecerá no Instituto
Psiquiátrico Forense até que ocorra o trânsito em julgado, o que significa aguardar
a decisão da instância superior.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
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Naelrosa@nativafmpiratini.com
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