sexta-feira, 31 de maio de 2019

5ª Feira do Feijão garante bons negócios novamente


Sexta-feira- 31 de maio de 2019
Cinquenta variedades estiveram á venda na 5ª edição
O objetivo principal não é vender quantidades volumosas, e sim dar visibilidade ao produto oriundo da produção de famílias situadas em assentamentos da Reforma Agrária, mas mesmo assim, novamente a Feira do Feijão Orgânico, promovida pela Associação de Produção Ecológica Conquista da Liberdade (APECOL)  e pela Emater,  que teve sua 5ª edição realizada na quarta-feira (29) na Praça Inácia Machado da Silveira, comercializou 800 quilos das cinquenta variedades de feijões expostas nos estandes.

Para Anderson Fontoura e Luciana Pranke,  extensionistas rurais da Emater, não só a quantia vendida ao ar livre traduz o sucesso do evento, mas também as consequências que a feira traz de imediato aos produtores.

“Esta feira serve para que quem planta tenha contatos para futuras transações, pois surgem encomendas de várias cidades”, destaca Fontoura. “O evento não se caracteriza pela venda, e sim pela diversidade de feijões”, emenda Luciana.

É o que também entende José Gabriel Venâncio, produtor assentado no Conquista da Liberdade e que em 2014, quando a Emater passou a estimular o resgate de sementes para produção orgânica, decidiu ampliar a produção de feijão que até então tinha apenas uma variedade plantada para consumo pessoal.

“Antes produzíamos sementes de salsa, cebola, e milho, mas com a decisão do investimento que fizemos, inicialmente em treze variedades, foi possível perceber que  o mercado estava aberto para o produto que hoje vendemos em feiras de Santa Maria e nos Estados do Paraná e São Paulo”, destaca o produtor que este ano colheu cinco mil quilos de feijão de 32 variedades.

Venâncio revelou que o negócio é tão promissor que toda a produção das famílias assentadas é comercializada, pois o que não é vendido para o mercado externo, é comercializado em tendas á beira da BR 293 e nas feiras da APECOL que ocorrem às quartas-feiras no centro de Piratini.

“Sai tudo. É tanto que temos que tomar cuidado para não ficar sem a semente, e isso tem agregado uma renda significativa para todos nós”, assegura o agricultor.


Nael Rosa- redator responsável
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