quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sífilis: a rotina de uma doença crônica

Doença deixa pele com aspecto assustador
Lutar contra doenças graves ou crônicas, já há alguns anos, é a rotina para a dona de casa Maria de Fátima da Silva, 58 anos. Desde que em 1998 descobriu um tumor no intestino e passou por um processo cirúrgico para extraí-lo, ela convive diariamente com a realidade das internações, tratamentos e dificuldades de quem depende do SUS.

Com o estado de saúde de certa forma estabilizado, mesmo que novos nódulos e na mesma região já tenham sido detectados em exames, desde abril, a luta mais árdua é com as doenças do marido, de 60 anos e portador de esquizofrenia, transtorno bipolar, cirrose e sífilis congênita, esta última, uma doença crônica sexualmente transmitida e adquirida por ele  ainda quando serviu ao Exército.
Por não ter sido tratada da forma adequada, por épocas, os sintomas reaparecem e causam uma série de lesões na pele que tem um aspecto  assustador , deixando todo o corpo com vermelhidão e totalmente descamado.

Na busca por ajuda, Maria postou, através do Facebook de um amigo, as fotos do marido nas redes sociais. Objetivo: Conseguir um diagnóstico preciso através de uma junta médica que lhe forneça esperanças para um mau, segundo a medicina, sem cura.

Dor, coceira e escamação fazem parte da rotina
Tantas doenças e as frequentes internações do companheiro levaram a família a passar necessidades financeiras e hoje, a alimentação é fornecida pela Assistência Social de Piratini e para as demais despesas, como o aluguel, ela tem contado com a ajuda de várias pessoas da comunidade.
- Por sete anos eu recebi um benefício do INSS, mas foi suspenso e eu aguardo a realização da perícia para saber se volto a receber.  Para o meu marido, encaminhei a documentação, mas somente em dezembro o dinheiro ele deve entrar – conta Maria, uma enfermeira em tempo integral.
- Hoje a pele e as partes íntimas estão bem melhores. Já não há mau cheiro e é possível banha-lo sem que ele grite ou chore, o que acontecia toda vez que você tocava nele. A pele caia de uma maneira que era preciso varrer o chão depois da limpeza – relata a esposa sobre parte o drama provocado pela sífilis.

Ela concorda que após os procedimentos ofertados pelo Hospital Conceição, de Piratini, onde ele está internado e o auxílio da Secretaria de Saúde local, foi o que permitiu a melhora no quadro dermatológico, mas ela objetiva ir mais além, à busca de obter esperanças:
- Não há o que reclamar da assistência aqui. Mas quero leva-lo para ser examinado por uma junta médica pois se houver meio por cento de chance eu vou correr atrás – garante.


2 comentários:

  1. Parabéns a essa senhora,merece muito ser ajudada,guerreira d+!!!Parabéns

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  2. ela merece toda a ajuda do mundo e guerreira mesmo.parabens

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