Na lápide, só falta a data de partida |
Caminhar normalmente pela rua e de repente levar um tremendo susto ao dar de cara com alguém que você julgava já ter partido desta vida ou, ao circular pelas alas do Cemitério Municipal de Piratini e ficar chocado porque ainda ontem você havia encontrado a figura dona do rosto exposto na lápide e até conversou com ela.Histórias assim garante o pedreiro aposentado Valmir Sandim, 59 anos, ocorrem com freqüência em seu cotidiano. O ditado: ”é melhor prevenir do que remediar”, neste caso perde seu sentido quando um outro dito popular ilustra o tema: ”só não há remédio para a morte. Em tom de brincadeira, estes e outros ditos estão presentes na curiosidade agora já não tão incomum, mas antes vista como macabra, quando alguém decidia ainda em vida realizar pessoalmente todos os preparativos da última morada. O plano funeral ele assegura não custa mais que R$ 3,00 mensais e se por um acaso o coração parar amanhã, brinca: ”Se me acharem caído por aí,é só pegar o cartão que tá no bolso e ligar para o número da funerária. Tá tudo pronto e pago”. A sepultura, a lápide e até mesmo a foto com a data de nascimento, já aguardam o morador que contou a reportagem que esta há muito era uma grande vontade, realizada somente em 2001, por falta de recursos. Justifica tanta precaução dizendo que a intenção é não dar trabalho quando morrer aos filhos que moram na serra gaúcha, mas que ainda não sabem da atitude um tanto mórbida do pai, ficando para eles, apenas a incumbência de colocar a data da partida ”A morte pra mim é igual ao nascimento ou seja,quando nasci,já fiquei pronto pra morrer”, opina o pedreiro.
A quimioterapia na busca da cura de um câncer na próstata diagnosticado em 2007, não tira o bom humor do aposentado e assegura ele não motivou tanta precaução. ”Faço o tratamento porque os médicos mandaram mas repito o que digo sempre a eles: Não sinto nada, portanto não tenho nada”. Ao recordar de alguns dos episódios relacionados à sua foto em uma lápide mesmo estando vivo, ele mostra mais uma vez que o bom humor influencia em seu bom estado de saúde ao contar que muita gente coloca flores em seu túmulo por achar que está morto. “Outro dia encontrei uma amiga e depois do susto que levou ao me ver, ela disse: Valmirzinho, que bom que eu te encontrei, pois outro dia rezei tanto por ti no teu túmulo. Respondi pedindo para ela continuar rezando pois assim eu ia viver muito”, relembra entre gargalhadas ao reproduzir o fato. ”Já um amigo,cruzou comigo na rua e ao me ver, desconfiado seguiu em frente e novamente parou, me olhou outra vez todo desconfiado achando que estava vendo um fantasma, até que criar coragem para finalmente se aproximar e constatar que eu to vivinho”, ilário, encerra.
A quimioterapia na busca da cura de um câncer na próstata diagnosticado em 2007, não tira o bom humor do aposentado e assegura ele não motivou tanta precaução. ”Faço o tratamento porque os médicos mandaram mas repito o que digo sempre a eles: Não sinto nada, portanto não tenho nada”. Ao recordar de alguns dos episódios relacionados à sua foto em uma lápide mesmo estando vivo, ele mostra mais uma vez que o bom humor influencia em seu bom estado de saúde ao contar que muita gente coloca flores em seu túmulo por achar que está morto. “Outro dia encontrei uma amiga e depois do susto que levou ao me ver, ela disse: Valmirzinho, que bom que eu te encontrei, pois outro dia rezei tanto por ti no teu túmulo. Respondi pedindo para ela continuar rezando pois assim eu ia viver muito”, relembra entre gargalhadas ao reproduzir o fato. ”Já um amigo,cruzou comigo na rua e ao me ver, desconfiado seguiu em frente e novamente parou, me olhou outra vez todo desconfiado achando que estava vendo um fantasma, até que criar coragem para finalmente se aproximar e constatar que eu to vivinho”, ilário, encerra.
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