sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O custo para quem não partiu


Caixão diferenciado eleva valor de funeral
Morrer dependendo da escolha de como será o funeral, pode ter um custo alto não para quem morre e sim, para  quem fica e tem que pagar a conta.
Se o responsável por organizar sua partida optar por esta urna em cores celestiais e com a imagem de Nossa Senhora estampada na tampa, o custo bate na casa dos cinco mil reais. O ataúde em destaque tem ainda alças em bronze, sobre tampa e um visor em vidro. Com ele, segundo Aligueri Sória Leite, proprietário da Funerária Nossa Senhora Aparecida, nada que não seja ofertado nos atos mais baratos: manto, coroa, lenço e é claro, a preparação do corpo que inclui a higienização, barba e cabelo e bigode, estes últimos itens, somente para os homens e a pedido da família. Assim como os demais e mais baixos valores, é possível parcelar em várias prestações.

Na outra ponta do serviço que ninguém espera precisar tão cedo, os assistenciais.  Para pessoas com menos poder aquisitivo, a média estadual fica em torno de R$ 850. 00. Depois o valor sobe e varia entre R$ 1.200 E R$ 1.800, e as diferenças são baseadas no item principal.
- Basicamente a qualidade do serviço é a mesma. O que faz subir ou baixar o preço é o caixão escolhido – explica Eduardo Cassal, ( foto),funcionário da funerária.
Adiciona-se aos gastos, o valor pago à prefeitura pelo túmulo. Um aluguel por três anos e meio custa em torno de R$ 400.00. Para compra, R$ 1060.00.

Cremação
Para quem tem disponibilidade financeira, cremar é mais barato.
O processo, escolhido por apenas 5% das famílias brasileiras e que consiste na aceleração da decomposição do corpo em modernos fornos de altíssimas temperaturas até que se transforme em cinzas, custa R$ 2.500 à vista, ou pode ser pago em 60 meses, parcela de R$ 92.00.

Estética Facial
Cassal, na profissão há nove anos, fez cursos na área e  é um dos que faz a chamada reconstrução facial, processo estético muito usado principalmente em vítimas de acidentes de transito, onde a sutura ou costura da pele atingida, se faz necessário para que o cadáver fique mais bem apresentado no velório.
A profissão vista como mórbida pela maioria, para ele é algo comum.
- Pra mim morte é vida. Não haveria graça na vida se ninguém morresse, o que seria um tédio, pois não teríamos como sentir saudades – opina o agente funerário que garante não se envolver emocionalmente na situação. Mas há exceções.
- Já preparei corpos de pessoas da minha relação. Um deles foi da mãe de um amigo e neste momento, me coloquei no lugar dele e senti. Neste momento a gente sabe que não há palavra de conforto que chegue a tempo - conta.


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