Desrespeito às normas e sinalizações causam acidentes |
Morar à beira
do entroncamento formado por uma ERS e uma BR, proporciona a Joel Severo Porto, 26 anos, ser testemunha
diária de um comportamento de risco por parte de quem está ao volante e se torna responsável por vários acidentes durante o ano, a maioria deles, sem vítimas
fatais, apenas feridos, o que acaba por não dar a real dimensão do perigo oferecido
pelo acesso à rodovia federal 293 e que liga Piratini, pela ERS 702 à Pelotas e
Bagé.
O agricultor que há quinze anos reside no local, foi a única testemunha do acidente fatal que vitimou o motociclista Alvacir de Souza Silveira, 62 anos, a uma
semana, colhido pelo Megane conduzido pelo advogado Carlos Ernesto Betiollo.
Joel é uma testemunha dos acidentes |
- Eu estava
em frente minha casa quando avistei os dois, o carro e a moto. O motociclista achou
que dava pra passar e não reduziu a velocidade. Não deu tempo. Na metade da
manobra o carro o pegou. Sai correndo pra socorrer, o mesmo fez o motorista que
ficou em estado de choque – relembra Porto.
O episódio
foi o primeiro com morte, de uma situação comum para a família acostumada a
socorrer feridos.
- Muitos não
respeitam a sinalização e, vindo de Piratini , entram sem olhar. Dois dias
depois deste acidente, um carro com quatro jovens se perdeu e só parou no
barranco, e uma carreta, no trevo, ultrapassou uma fila de uns dez carros –
conta Joel, que amplia falando de situações bem mais absurdas por parte de
motoristas.
-Quem vem de
Bagé ou Pinheiro Machado, muitas vezes prefere não fazer a conversão existente
e entra direto e na contramão -
Segundo o
morador, nos feriados, quando é normal o aumento de veículos nas rodovias e também
quando o tempo não oferece condições adequadas, como, por exemplo, dias e
noites com nevoeiros, o comportamento não muda.
- Eles entram
de qualquer jeito. Aqui em nosso campo somos acostumados a socorrer quem se
perde e entra reto e cai dentro da nossa propriedade -
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro ao se aproximar de entroncamentos, rotatórias, vias de acesso, a velocidade deve ser reduzida para 60 ou 40 Km/h se for o caso. Mas pelo jeito ninguém respeita esses limites quando se aproximam de entradas ou acessos como no caso lá no trevo que liga até Piratini. Para quem vem em uma velocidade de 80 a 100Km/h reduzir para 40Km/h parece que mal está "girando a roda", isso é complicado, mas se fosse respeitado talvez esse como outros tantos que a reportagem mencionou acidente poderiam ter sido evitado. Um exemplo: No relato do motorista do Megane ele falou que vinha a + - uns 80Km/h. Se os dois tivessem respeitado, o choque entre os dois veículos teria sido em velocidade bem baixa, o que talvez poderia ter evitado a morte e danos menores no carro. Eu penso que na verdade quando tiramos a habilitação os CFC's nos habilitam só para circular dentro das cidades e ainda em 3ª marcha no máximo. Então...nós só aprendemos a andar em velocidades maiores quando saímos para as estradas de chão batido ou rodovias...elas sim é que vão nos ensinar a acertar ou a errar!!! Aí que está o problema, temos que aprender "na marra", na sorte...infelizmente é assim. Mas também o ser humano não ajuda a si próprio, dia após dia morre dezenas de pessoas nas estradas e parece que ninguém está nem aí, seguem infringindo as leis e morrendo uns por cima dos outros. A realidade está nos veículos de comunicação para todos verem e mesmo assim...
ResponderExcluir