Comissão não convence e carnaval só em 2014

Não houve argumento que convencesse o prefeito Vilso Agnelo Gomes, (à esquerda), retroceder em sua decisão de manter fechadas as casas noturnas, entidades tradicionalistas e clubes sociais de Piratini.

A última esperança, principalmente da direção da Sociedade Recreio Piratiniense, responsável por ocasionar a comissão formada por todos os vereadores do município, teve fim na manhã de ontem no gabinete do executivo.

Representantes de todas as bancadas foram pedir ao prefeito mais prazo para que os estabelecimentos lacrados, hoje mais de dez, possam se adequar as normas de segurança e com isso, inclusive a SRP, que segundo seus gestores passará a agonizar economicamente, possam promover os bailes de carnaval.

Mas Vilso não cedeu. Entre os argumentos do administrador, o de que qualquer possível situação que venha a ocorrer e comprometa a segurança dos frequentadores dos eventos, o tornaria responsável perante a lei e a comunidade e assim, manteria o lacre. Com isso, fica determinado que, carnaval de salão na capital farroupilha somente voltará acontecer ano que vem, isso, é claro, se todos estiverem adequados. Também, no caso específico da SRP, foi citado que a entidade já possui uma notificação da prefeitura e que foi aplicada em 2010, exatamente com relação à segurança.

Segundo o vereador Daniel Moura, PMDB, participante da reunião, o prefeito disse que mesmo que a Câmara de Vereadores “abraçasse a causa junto com ele”, termo usado pelo vereador Sergio Castro, p para dividir as responsabilidades de uma possível reviravolta, isso não impediria de ele, Vilso, em caso de uma fatalidade e até mesmo uma briga no interior dos bailes, fosse responsabilizado e até preso ou processado por liberar os clubes.

Conforme ainda Daniel, para exemplificar sua responsabilidade, Vilso citou outra decisão difícil que precisou tomar em 2009, quando devido ao surto de Gripe A, ele precisou cancelar a Semana Farroupilha, o que certamente lhe rendeu muitas críticas, mas igualmente na ocasião, a medida foi tomada para proteger não só a população do contágio, mas também os visitantes.