Sandra, ao centro, junto a também diretora Carmem Lucí |
O capítulo mais esperado pela comunidade do 5º distrito após
o sim dado pela Secretaria Estadual de Educação ao Ensino Médio na estrutura da
Escola Municipal Vieira da Cunha, é a primeira aula para os alunos residentes na
zona rural, ato que vai acontecer na manhã do dia 27 no retorno do ano letivo.
Para dirigir a conquista batizada de Escola Estadual Adão
Preto, deputado federal já falecido oriundo das lutas pela reforma agrária, a
professora Sandra Tunes Joanol, que terá a oportunidade no sistema inédito na
cidade e que irá abrigar alunos, professores e direções no mesmo educandário
com esferas diferentes: estadual e municipal.
Ela assume o cargo que, pelo sistema estadual é através de
eleição, por indicação do Partido dos
Trabalhadores, como tornou público durante a entrevista concedida à Rádio
Nativa, Adelar Preto, morador da localidade irmão do deputado estadual Edegar Preto, ambos responsáveis diretos para
driblar a burocracia e conseguir junto ao governo a aprovação do projeto em apenas um ano e
meio.
A professora com boa experiência na esfera administrativa, tendo assumido duas secretarias, entre elas a de educação entre 2002 e 2006, vê
a nova função como um desafio.
- Já lecionei no interior, portanto conheço um pouco da luta
desses alunos e de suas comunidades, acordando cedo e passando em alguns
casos, horas dentro de um ônibus para poder estudar. Agora é a escola indo ao
encontro do aluno pra facilitar a vida dele, é um desafio que aceitei – disse Sandra, no Programa Nativa
Variedades que foi ao ar no último sábado.
Instalações serão usadas por alunos do fundamental e médio |
- Fomos
colegas de faculdade durante quatro anos e temos a mesma linha de pensamento para
a educação. Vamos trabalhar integradas como se fosse uma só escola. Será
satisfatório atuar ao lado dela - declarou Lucí.
Além de falar do orgulho por ter o pai homenageado ao dar
nome à escola, Adelar Preto lembrou a importância da novidade para reduzir a
evasão escolar na transição do 1º para o 2º grau, quando estudantes moradores
no campo e que geralmente têm um contato limitado com a cidade, perdem o foco
dos estudos ao permanecerem mais no cotidiano urbano.
- Nos enche de orgulho este reconhecimento, mas sei que essa
nova realidade que vai proporcionar que os jovens estudar mais próximo de casa
e da família numa fase complicada, entre 13 e 15 anos, deve reduzir a evasão escolar.
Hoje, dos 70 que concluíram o ensino fundamental ano passado, somente 16 estão
matriculados no 3º ano – observou Adelar.
A Escola Estadual Adão Preto, vai absorver, além de alunos
residentes no 5º Distrito, também os moradores no 2º e no 1º, totalizando
principalmente os integrantes de 16 assentamentos do MTS.
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