domingo, 10 de fevereiro de 2013

CULTURA E TURISMO: PASSAPORTES PARA A CIDADANIA




"A cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu todo o resto.”
                                 (Émile Henriot, escritor francês, 1889 — 1961)
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- Por que, no Brasil, as verbas governamentais destinadas às pastas de cultura e turismo ainda são acanhadas em relação às outras áreas?
Certamente porque nosso jovem país ainda não amadureceu o bastante para entender que esses dois substantivos podem ser agregados a outras pastas como Saúde e Educação, por exemplo, e, com isso, obter-se um produto importantíssimo de geração de cidadania.
Um povo que tem acesso fácil à boa literatura, pode experimentar outros horizontes e, com isso, enxergar-se melhor no diversificado panorama mundial, medindo suas potencialidades e deficiências, e, com isso, evoluindo para um ser pensante, com autonomia para escrever suas ações sem a tutela de outro(s).
Eventos culturais e turísticos, além de gerar renda para os cofres públicos, podem, sim, impulsionar as pessoas a terem clareza de seus direitos e deveres na sociedade. Não falo de “pessoas cultas” no sentido de nível de instrução mas de mentes esclarecidas por informações que as levarão a práticas positivas: prevenção a doenças, preservação do meio ambiente, etc.


Registro, a propósito, meu elogio à Prefeitura de São Lourenço do Sul que, após sofrer um imenso alagamento em 2011, mostra-se revigorada, com ciclovias, o retorno de atividades já famosas como às típicas do verão e o Reponte da Canção, festival de música nativista, no mês de março.     
A propósito de sua praia, o camping municipal mostra-se estruturado, com banheiros limpos, boa iluminação e com presença efetiva da administração que distribui aos turistas material informativo sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, como consumir alimentação  saudável, além de outros atrativos como o caminhão do SESI que oferece uma biblioteca à população.
Enfim, cultura e turismo não são políticas supérfluas, nem podem ser reduzidas na comparação com outras pastas, como tanto acontece no Brasil, sob pena de continuarmos alienados em nossas aldeias, sem interagir com outras culturas e a perder boas oportunidades de crescermos como cidadãos do mundo.    


JUAREZ MACHADO DE FARIAS
   Advogado. Radialista.
Contato: juarez.piratini@yahoo.com.br

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