terça-feira, 30 de julho de 2019

Por 6 a 2, Câmara rejeita projeto do vereador Jimmy

Terça-feira, 30 de julho de 2019
Posicionamento do secretário foi decisivo para a reprovação do projeto
Depois de tramitar por setenta dias na Casa, o projeto de lei de autoria de vereador Jimmy Carter (MDB), que obrigava o município expor uma lista com a ordem de espera de pacientes que aguardam na fila por consultas, exames e cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi votado na sessão da segunda-feira (29) e reprovado pela maioria dos parlamentares.

Sem a necessidade do presidente Alex Matos, (Progressistas) votar, o placar foi de seis votos a dois, portanto além do autor, somente o também emedebista Mauro Castro votou a favor.

A presença do secretário de saúde, Diego Espíndola na sessão, foi crucial para a reprovação após duas horas de debate em torno da constitucionalidade da matéria, embora a mesma tenha recebido o parecer favorável da assessoria jurídica da Câmara. Ele também levou à discussão da possibilidade ou não da aplicabilidade de uma lei nesse sentido.

“A iniciativa do vereador é positiva, pois chega em um momento que o Brasil necessita de transparência, mas impossível de aplicar, já que o município não faz gestão em nenhum dos contratos que mantém com o estado, não sendo portanto possível gerenciar a fila de espera de qualquer procedimento”, argumentou Espíndola, que ampliou:

“Nem mesmo o Ministério da Saúde conseguiu fazer uma fila única, portanto, se fizermos uma lei municipal para algo que é regulado pelo estado, nunca teremos como dizer em que posição as pessoas estão, uma vez que não é a Secretaria que gerencia, então é impossível obter informações. Então se tivermos algo nesse sentido criado pelo Legislativo, corremos o risco de  lei não ser cumprida”.

Antes de o tema passar pelo crivo dos vereadores, foi requisitado que o autor retirasse a matéria para evitar a derrota, mas ele optou pela manutenção do projeto.

“Infelizmente não obtive a aprovação, e na minha concepção quem perde com isso é a população que fica desguarnecida e sem transparência no que diz respeito à saúde. Mesmo diante da insistência para que eu retrocedesse, decidi levar à votação por pensar na comunidade que busca uma satisfação nessas listas de espera, pois tenho conhecimento de gente que aguarda há oito anos por uma cirurgia pelo SUS. Eu quero transparência”, afirma o autor.


Nael Rosa- redator responsável
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