Sexta-feira- 12 de janeiro de 2017- Foto Bruno Streloe
Obra vai durar entre doze e dezoito meses segundo o DAER |
Foram décadas de lutas
que uniram bandeiras partidárias rivais, poderes executivos de legislaturas
diferentes, empresários e um setor que teve papel preponderante na finalmente
mudança da situação: a imprensa. Ela registrava e tornava o problema público
para o Estado ano a ano, protestos não só na travessia, mas como também como no
entroncamento na BR 293 com a ERS 702, acompanhava comitivas ao Palácio
Piratini, pressionava parlamentares da região e secretários, registrava
bloqueios quando as crateras surgiam na base da ponte e, infelizmente também,
dezenas de acidentes, alguns deles com óbitos.
Assim pode ser resumida
a verdadeira saga enfrentada por alguns piratinienses para que hoje nós
tenhamos um cenário diferente ao lado e a beira da arcaica
estrutura de ferro.
Na manhã do dia 11 nossa
reportagem registrou ao mesmo tempo duas situações que representam um quase
passado e um promissor futuro: enquanto três funcionários do Departamento
Autônomo de Estradas e Rodagens- DAER perfuravam o asfalto deteriorado para após
tapar mais um buraco de significativas medidas, ao olhar para esquerda já não
encontram mais a vasta vegetação que cresceu dentro do raso rio. No local
agora, uma máquina prepara a base para receber os pilares de sustentação da
ponte. Mais à frente, contêineres, homens trabalhando nas
peças menores em ferro e também em concreto que serão usadas futuramente.
O engenheiro responsável
pela obra Juliano Locateli, da Traçado Construções, que não se encontrava no
canteiro por estar viajando, foi acessado por nós via celular, mas argumentou
não poder se manifestar transferindo a responsabilidade das informações
ao
DAER.
Conversamos então com o
engenheiro civil Jorge Antônio de Oliveira Oleques Jr responsável por revelar,
por exemplo, que foi encontrada a poucos metros do solo uma rocha que impediu a
continuidade de parte do planejamento.
- Essa rocha está sendo
analisada por nós, mas os primeiros resultados são positivos e quando
terminarmos os testes esses dirão se é possível pousar os pilares sobre ela, ou
seja, se a rocha suportará o peso ou se teremos que detona-la – explicou Jr.
Do encarregado de
pessoal no canteiro de obras, Ivanir Fronteira conseguimos extrair outra
informação que vai frustrar os desempregados de Piratini esperançosos de que
com o avanço da obra dezenas conseguissem fazer parte do processo de
construção.
- Hoje são dez
funcionários trabalhando mais o setor administrativo e a empresa pretende tocar
toda a ponte com no máximo 16 profissionais – revelou o encarregado.
O motivo dessa redução é
a evolução da engenharia. As vigas e pré-lages a serem usadas que no passado
eram construídas no local da obra, hoje estão sendo fabricadas no pátio da
empresa com sede em Erechim e, depois de prontas, percorrerão 540 quilômetros de
asfalto até onde serão instaladas.
Segundo o engenheiro
Oleques Jr, o contrato com a Empresa Traçado é de um ano e meio, mas a mesma
está otimista que entregará a ponte, que começou a ser construída em novembro
de 2017, em 12 meses no mínimo e 18 no máximo.
A nova ponte terá 8,5
metros de largura, dividida entre duas pistas de rolamento, sendo assim será de
pista dupla e terá 156 metros de cumprimento.
Alívio
Ao ser indagado pelo
blog Eu Falei, o empresário Willian Westermann, um dos que lutou junto aos
órgãos competentes para a realização da obra que já não era nem mesmo mais
objeto de sonho, sentiu-se aliviado ao saber e perceber que o pesadelo terá
fim.
Sócio proprietário e
também administrador de uma empresa de armazenamento de grãos que são produzidos
em Piratini e também vem de outras cidades, como: soja, milho, cevada e, além
disso, sementes, adubos e rações diversas, o que totaliza anualmente entre 70 e
80 mil toneladas passando sobre a Ponte do Costa, ele celebra entre outros
fatores a tonelagem que hoje é de 24 e subirá para 45.
- A questão do peso nos
atrapalha muito. Se fossemos levar à risca o que é determinado teríamos que
usar caminhões menores, o que elevaria muito o custo do frete, o que com o
fluxo de caminhões que temos é inviável. Eu já estou contente porque nossos
veículos pesados não terão mais a prerrogativa de não poder passar na travessia
com nossas cargas – disse Westermann que ampliou: "atualmente, temos
encontrado problemas com alguns transportadores que para não sofrerem prejuízos
e transtornos não mandam mais suas cargas para a empresa e por fim, mesmo que
não tenhamos mais aumento da capacidade da rodovia, só o fato de não termos
mais os transtornos com a ponte vai nos auxiliar e muito"
Clique no vídeo abaixo e com imagens de Bruno Strelow tenha uma visão aérea da velha ponte e das obras da travessia tão sonhada.
Clique no vídeo abaixo e com imagens de Bruno Strelow tenha uma visão aérea da velha ponte e das obras da travessia tão sonhada.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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