Segunda-feira- 01 de janeiro de 2018
Patrícia e Ana partiriam para São Paulo amanhã para tentar salvar Arthur |
Essa dupla, sorridente, cheia de
esperança, mãe e madrinha, infelizmente não vão percorrer quase 1.500
quilômetros de carro, distância entre Piratini e São Paulo, viagem planejada
para amanhã, dia 02, para tentar salvar Arthur.
Foi com muita tristeza que nossa
redação, por ter se envolvido direto para arrecadar recursos para tornar
possível a vinda do bebê ao mundo daqui a três meses, recebeu a seguinte
mensagem no telefone enviada pelo padrinho João Renato Peres, o Cassino:
“A Ana teve que ir as pressas para
Pelotas, infelizmente perdemos a batalha, nosso Arthurzinho é mais uma estrela
no céu”
Impossível separar o profissional que tem que dar a triste notícia
para uma comunidade que se envolveu de coração e em quatro dias arrecadou mais
de 9 mil reais somente através da Rádio Nativa FM, do ser humano que mais uma
vez se envolveu emocionalmente com
situação.
Mas nosso papel é este: lidar com
a alegria e com a tristeza, assim, passava das 07hs da manhã quando realizamos
o contato com Rubilar Dias, marido de Ana Paula que resumiu a situação.
“Ela teve que passar uma
cesariana às pressas para não morrer junto”
Nossa reportagem esteve no sábado,
30, para entregar o valor arrecadado ao casal na presença dos padrinhos. Feliz,
Ana se queixou de dores nas costas e de cólicas, este último sintoma lhe
causava preocupação.
Um pouquinho antes, teve que ser
levada ao hospital local onde foi diagnosticada uma infecção urinária.
Medicada, voltou para casa e seguiu os preparativos para a longa viagem junto de
Patrícia que por ser paulista e residi há dois anos em Piratini, no papel de
madrinha optou por deixar a loja de confecções que tem na cidade nas mãos das
funcionárias para acompanhar a comadre.
Fotografamos as duas juntas, ambas
felizes porque além dos quase 10 mil arrecadados no programa Bom Dia Nativa,
outras doações quase dobraram este valor.
Mas infelizmente o sonho do casal
juntos a 14 anos de ter o primeiro filho acabou esta madrugada. Segundo
Rubilar, a médica que atendeu Ana disse que as dores nas costas e as cólicas
foram sentidas porque ela já estava em trabalho de parto há três dias e a
infecção urinária surgida, mas não curada durante as 26 semanas da gestação certamente contribuíram e muito para o parto prematuro.
Arthur tinha uma doença chamada
HDC, que traduzindo, é uma hérnia que comprimia os pulmões e os impedia de
crescer. Em São Paulo, seria colocado através da traqueia da mãe uma espécie de
balão entre os pulmões do feto que afastaria a hérnia e permitiria o
desenvolvimento dos órgãos.
Não temos informações se o bebê será
velado ou sepultado imediatamente após chegar em Piratini.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe sua opinião! Pois a mesma é de extrema importância para nós!