quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eva: o talento para produzir o alimento sagrado


Roscas gigantes custam R$ 6.00
O talento para produzir os tradicionais pães de casa, preferidos por seu sabor diferenciado e sem adição de produtos químicos além do fermento, para Eva de Souza Peres é visto como hereditário e foi aperfeiçoado na infância e juventude convivida em família, onde a mãe Edithe mantinha os filhos atentos e envolvidos em todo o processo de confecção do alimento sagrado.

A filha assimilou os ensinamentos e já casada manteve um forno artesanal construído com tijolos no quintal de casa e onde toda vizinhança assava seus pães para ao final, reunir-se e saborear popular “de cada dia”, regado ao bom chimarrão.
A atividade coletiva foi deixada de lado após a morte de uma das integrantes do grupo e para não se distanciar do que considera um dos seus grandes prazeres da vida, Eva transformou a garagem em um mini- panifício caseiro nde há quinze anos a aposentada encanta a clientela que consome todas as 120 unidades diárias.

Arte do panifício caseiro foi ensinada pela mãe
A rotina, inclusive aos domingos, começa com o nascer do sol, às 06 horas da manhã sendo sempre encarada com alegria, ingrediente apontado como o segredo para o crescimento da massa que irá ainda se transformar em versões com torresmo, bolachinhas de nata e roscas integrais.
- Aprendi com minha mãe e faço porque adoro esticar, sovar e assar. Já estou aposentada e não precisaria trabalhar, mas faço por prazer – disse dona Eva à reportagem, sem interromper o processo e, ao colocar mais uma forma no forno industrial, um dos três equipamentos comprados com a renda da produção, o que proporcionou aumentar a produção.

Roscas integram produção diária
O sucesso local atravessou fronteiras e hoje, os pães são consumidos não só em outros municípios da zona sul e fronteira, mas também enfeitam mesas e alimentam famílias durante cafés na capital, Porto Alegre e até em São Paulo.
- Tem um cliente paulista que leva pães para mais ou menos uns dois meses, o que é possível, pois ele coloca na geladeira e na hora de consumir põe no micro-ondas – conta cheia de orgulho do resultado extraído dos 45 quilos diários de farinha que através de suas mãos transformam- se nos populares pães da Eva, que diante do valor pago atualmente pelo produto no país custam relativamente baratos.
Esta rosca gigante usada para posar para a foto, por exemplo, é vendida por R$ 6,00. O pão médio R$ 4,00 e pequeno 0,40 centavos.




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