sábado, 27 de outubro de 2012

Na praça, o espaço para a prosa, arte e o chimarrão


Atração foi prestigiada por famílias na tarde de primavera
Sentar em um banco de praça,sem nenhum  ônus ou pressa, e  ser beneficiado pela sombra das árvores e, neste cenário ter o espaço ideal para conversar despretensiosamente aproveitando uma tarde de primavera. 
Nos dias atuais, isso parece ser algo  possível apenas de existir e estar contido, em poesias ou livros que relatam como no passado se apresentava o cotidiano de uma pequena cidade.

Contrastando com o dia a dia atribulado e frenético pelo qual optamos ou somos obrigados a aceitar, onde o vício gratuito das redes sociais substituiu principalmente nas novas gerações hábitos saudáveis e ao ar livre, o Piquenique Popular tem resgatado sensações e costumes que com o tempo passaram a constar apenas nos álbuns de fotos que de vez em quando  folhamos para matar a saudade de uma época que não mais retornará.

Tranquilidade para prosear e bordar
No último sábado de cada mês tem sido assim. Decorrente de uma importante ação promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, subsecção Piratini em 2011, a reunião de pessoas da comunidade piratiniense nas praças da cidade se tornou um hábito e oportunidade para manifestações religiosas, culturais e artísticas, onde se evidencia ser possível a harmonia entre as diversidades.
Neste sábado do mês que se despede, o cenário para a prosa e o bom chimarrão com a garantia da erva-mate e água quente à vontade, foi a Praça da Bandeira, situada quase aos pés da Igreja Matriz e em frente à Sociedade  13 de Maio, outro símbolo hoje inerte do saudosismo do berço farrapo.No varal de poesias, criações do apresentador  Juarez Machado de Farias que como legislador tornou o Piquenique um evento oficial no calendário do município.
Chimarrão tem presença garantida 
Ao som da música ambiente, a simplicidade 
garante o sucesso da atividade e o bate-papo  rola naturalmente do estudante juvenil as famílias que aproveitam o tabuleiro de damas entre os bancos. A artesã finaliza  o bordado da criação,  a fartura de cuias de mão em mão mantém a tradição, dividindo as atenções com singelas atrações como a Oficina de Pintura, oportunizada por um projeto da UFPEL e Escola Ignácia, mas todas e tudo ali, tem espaço e apreciação especial.
A suavidade do que se ouve e fala, só foi quebrada e com consentimento de todos, quando as bandas dos educandários Pedro Garcia e Ignácia Machado da Silveira passaram rapidamente para se somar as atrações e por sua contribuição instrumental ganharam os aplausos das dezenas de famílias presentes em mais uma atividade que conquistou seu lugar entre o saudoso e o contemporâneo.

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