Cadela amputada está à espera de uma prótese

 Amizade garante companhia diária

Saltitante, mesmo diante da amputação de causa desconhecida, Piti foi a primeira a receber nossa reportagem quando chegamos à casa de sua adotante, Angelita Bederode.

 A falta de uma das patas não parece limitar os movimentos da cadela encontrada há cinco meses durante o inverno rigoroso à beira da RS 702, em estado avançado de desnutrição e a mercê da sorte que não costuma beneficiar os cães abandonados.

Alimentada e tratada com carinho, Piti se recuperou, se transformando na amiga inseparável de sua salvadora, inclusive no auxilio das lidas diárias com outros animais.

Em 2010 gambás foram salvos

- Ela vai comigo para todos os lugares. Quando não posso levar, tenho que prende-la para que não me siga – conta Angelita, já conhecida das páginas jornalísticas por ter sido destaque em Zero Hora há dois anos quando adotou gambás encontrados junto a mãe morta no asfalto.

Mas neste caso a história foi diferente.

- Foi ela quem me adotou, me escolheu. No primeiro olhar me deu carinho e então me apaixonei – relembra, garantindo ainda que a falta do membro superior não tirou da  cadela a alegria peculiar aos cães.

Prótese será a saída para Piti

- Ela é ativa e feliz. Corre, brinca e quando vou tocar os terneiros também me ajuda – relata a dona casa que em casa ainda tem outros sete cachorros.

Mesmo tendo encontrado Piti, nome que ganhou na nova família, abandonada, Angelita se certificou de que não correria riscos de perdê-la para os possíveis reais donos, caso eles existissem. Procurou a ONG e também ao Ministério Público e deles recebeu o aval.

Agora, a ideia é sensibilizar as pessoas através da imprensa para conseguir recursos e assim pagar uma avaliação com um médico veterinário e posteriormente, adquirir e implantar uma prótese na fiel companheira.

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