Isabel atua diariamente na cooperativa |
Vinte e duas
pessoas que objetivam tirar do lixo produzido na cidade todo, ou parte de seu
sustento e com seu trabalho, reduzir o impacto dos resíduos no meio ambiente.
Estes são os
objetivos principais dos criadores e membros da Cooperativa de Reciclagem Solidária
de Piratini, COOPIRATINI, que vai permitir ao município enquadrar-se na Lei de Política
Nacional de Resíduos Sólidos, que dá aos governos municipais e estaduais, um
prazo de dois anos para elaborar um plano de ação e metas para redução e
reciclagem do lixo produzido por suas populações.
Criada a
partir da preocupação em destinar de forma adequada o lixo gerado na cidade,
transformando este em ocupação rentável, a cooperativa encontrou em dos símbolos
do desperdício do dinheiro público situado à beira da rodovia 702, a solução
para estruturar a iniciativa onde atuam dezoito mulheres e três homens.
Silo abandonado agora é a saída para a reciclagem |
O silo construído
para secagem e armazenamento de grãos em 2006, nunca foi usando para este fim, sendo
alvo de críticas da comunidade e pauta jornalística na imprensa local e centro
do estado e o local preferido para encontros sexuais.
Com a concordância
e apoio da Prefeitura Municipal à criação da COOPIRATINI, o Elefante Metálico
como ficou conhecido, hoje é a esperança de dias melhores para quem busca viver
do que é descartado.
A dona de
casa Isabel de Souza é uma das três membros que atuam em tempo integral na
separação e preparo do material que, exceto as garrafas pet, não tem data para transformar-se
em renda.
- A maioria de
nós para conseguir sustentar suas famílias depende de outras atividades, por
isso atuam aqui nas folgas – explica à recicladora, enquanto prepara um dos
fardos de papelão que para assegurar o futuro financeiro da entidade terá que se transformar em dinheiro em breve.
Em meio a
tampas de embalagens de refrigerante, sucos e leite do tipo longa vida, e outros
recicláveis, ela conta sobre a expectativa do primeiro negócio.
- Por
enquanto só sabemos que conseguiremos formar uma carga de pet para ser vendida
em novembro –
Sem
ganho, sem telhado e à espera da solidariedade
Galpão precisará de reformas para funcionar |
Sem nenhum
recurso, eles já arrancaram no prejuízo. O temporal do dia 18 de setembro que
destruiu o Centro de Eventos, também atingiu o telhado do galpão com dimensões ideais
para o futuro da entidade.
Parte da
cobertura em zinco foi levada pelos ventos, comprometendo até que seja consertada,
a continuidade do projeto estrutural feito por membros da Universidade Católica de Pelotas que apoiam a iniciativa.
Na imprensa
local, os recicladores requisitaram apoio tentando sensibilizar a comunidade e
com isso, levantar os valores necessários para a reforma.
- Cada folha
de zinco custa R$ 95.00 e nós não temos nada. Precisamos substituir o que foi destruído
porque lidamos com materiais que se molharem, estragam e perdem sua utilidade –
disse i Isabel preocupada com o futuro.
- Dependemos
do povo daqui, pois nosso trabalho é bom pra cidade e para o meio ambiente,
então temos certeza de que seremos ajudados – vislumbra.
Para
colaborar com a troca da parte do telhado arrancado pelos ventos, os telefones
são: (53) 9948-2129 e (53)-9114-nm2193.
Por incansáveis lutas e so agora a cooperativa foi vista pela
ResponderExcluirprefeitura. Pois vi de perto drama do cooperados buscando pelo reconhecimento,já que ela é um grande beneficio a nossa população que é a geração de emprego e renda para muitas familias.