quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Uma grande ideia para reciclar, vender e viver


Isabel atua diariamente na cooperativa
Vinte e duas pessoas que objetivam tirar do lixo produzido na cidade todo, ou parte de seu sustento e com seu trabalho, reduzir o impacto dos resíduos no meio ambiente.
Estes são os objetivos principais dos criadores e membros da Cooperativa de Reciclagem Solidária de Piratini, COOPIRATINI, que vai permitir ao município enquadrar-se na Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que dá aos governos municipais e estaduais, um prazo de dois anos para elaborar um plano de ação e metas para redução e reciclagem do lixo produzido por suas populações.
Criada a partir da preocupação em destinar de forma adequada o lixo gerado na cidade, transformando este em ocupação rentável, a cooperativa encontrou em dos símbolos do desperdício do dinheiro público situado à beira da rodovia 702, a solução para estruturar a iniciativa onde atuam dezoito mulheres e três homens.

Silo abandonado agora é a saída para a reciclagem
O silo construído para secagem e armazenamento de grãos em 2006, nunca foi usando para este fim, sendo alvo de críticas da comunidade e pauta jornalística na imprensa local e centro do estado e o local preferido para encontros sexuais.
Com a concordância e apoio da Prefeitura Municipal à criação da COOPIRATINI, o Elefante Metálico como ficou conhecido, hoje é a esperança de dias melhores para quem busca viver do que é descartado.

A dona de casa Isabel de Souza é uma das três membros que atuam em tempo integral na separação e preparo do material que, exceto as garrafas pet, não tem data para transformar-se em renda.
- A maioria de nós para conseguir sustentar suas famílias depende de outras atividades, por isso atuam aqui nas folgas – explica à recicladora, enquanto prepara um dos fardos de papelão que para assegurar o futuro financeiro da entidade terá que  se transformar em dinheiro em breve.

Em meio a tampas de embalagens de refrigerante, sucos e leite do tipo longa vida, e outros recicláveis, ela conta sobre a expectativa do primeiro negócio.

- Por enquanto só sabemos que conseguiremos formar uma carga de pet para ser vendida em novembro –

  Sem ganho, sem telhado e à espera da solidariedade

                    Galpão precisará de reformas para funcionar
Sem nenhum recurso, eles já arrancaram no prejuízo. O temporal do dia 18 de setembro que destruiu o Centro de Eventos, também atingiu o telhado do galpão com dimensões ideais para o futuro da entidade.

Parte da cobertura em zinco foi levada pelos ventos, comprometendo  até que seja consertada, a continuidade do projeto estrutural feito por membros da Universidade Católica de Pelotas que apoiam a iniciativa.

Na imprensa local, os recicladores requisitaram apoio tentando sensibilizar a comunidade e com isso, levantar os valores necessários para a reforma.
- Cada folha de zinco custa R$ 95.00 e nós não temos nada. Precisamos substituir o que foi destruído porque lidamos com materiais que se molharem, estragam e perdem sua utilidade – disse i Isabel preocupada com o futuro.

- Dependemos do povo daqui, pois nosso trabalho é bom pra cidade e para o meio ambiente, então temos certeza de que seremos ajudados – vislumbra.
Para colaborar com a troca da parte do telhado arrancado pelos ventos, os telefones são: (53) 9948-2129 e (53)-9114-nm2193.



1 comentários:

  1. Por incansáveis lutas e so agora a cooperativa foi vista pela
    prefeitura. Pois vi de perto drama do cooperados buscando pelo reconhecimento,já que ela é um grande beneficio a nossa população que é a geração de emprego e renda para muitas familias.

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