terça-feira, 25 de setembro de 2012

Aventureiro de 50 mil quilometros passa por Piratini



José Nilton já passou por 1024 cidades
O medo da frustração e de que a idade impedisse a realização do sonho acalentado há 40 anos, fez o supervisor de uma metalurgia no Estado do Pará, pedir as contas e com parte da indenização, pegar a estrada para romper sobre duas rodas, o país de norte a sul.

 A aventura que começou em junho de 2009, teve em Piratini, a tomada de fôlego final para cumprir os últimos dois, da jornada de cinquenta mil quilômetros em cima de uma bicicleta.

Falante, habilidoso em fazer amizades e cativar seus imprescindíveis colaboradores em cada uma das 1024 cidades onde realizou as necessárias paradas, José Nilton de Brito, 55 anos, chegou à capital farroupilha na segunda-feira depois de cumprir os 34 quilômetros de estrada de chão que separam Pinheiro Machado de Piratini.

No ponto de táxi da Avenida Mauricio Cardoso fez amizade com os taxistas e armou sua singela barraca para pernoitar sem nenhum conforto em um saco de dormir, transportado junto com uma panela, reportagens de jornais de onde já passou e um caderno onde registra as peculiaridades e testemunhos que comprovam a quilometragem apontada.
- Eu queria conhecer um pouco dessa nossa diversidade, das peculiaridades dos povos ribeirinhos nortistas, camponeses da zona rural do nordeste e desse Brasil europeu que é o sul do país, então agi pela razão e não pela emoção, pois ao contrário seria um velho frustrado – resume o aventureiro.
Próximo de atingir seu objetivo de extremos geográficos chegando ao Chuí, o ciclista amplia suas intenções:
Aventureiro percorrerá 50 mil quilometros
- Comecei em Palmas, Tocantins, hoje comprovadamente o centro do Brasil e de lá, fui para o nosso extremo norte, Monte Caburaí, em  Roraima, dentro de reserva indígena, Reposa Serra do Sol. Entendo que guardar esse sonho realizado somente pra mim, seria egoísta, então essa ideia ganhou um fundo literário cultural, e por isso pretendo escrever um livro contando minha trajetória – revelou.

Dos vários Estados pelos quais passou, Nilton destacou dois por sua hospitalidade e solidariedade, evitando algumas vezes que ele tivesse que pousar ao relento.
- Todos os brasileiros são bons, mas os mineiros e os gaúchos são os povos mais hospitaleiros. No início, quando ainda havia dinheiro, eu dormia em hotéis baratos, mas depois passei a me ajeitar em rodoviárias, paradas e postos de gasolina – relatou Nilton.

À volta, se uma empresa que fabrica bicicletas não confirmar seu patrocínio para que ele faça percurso de forma inversa, será de avião e assim, mais rápido ele poderá segurar o neto que nasceu durante sua jornada sobre rodas.
- É claro que às vezes choro de saudade, mas me sinto feliz e agradecido a Deus por ter permitido que eu acreditasse em meu potencial para realizar esse sonho – finaliza.


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