Depois de São Lourenço, Pelotas e Canguçu, Piratini é o
mais novo município nos últimos doze meses a confirmar focos de raiva
transmitida pelo morcego hematófago da espécie Desmodum Rotundus.
A notícia foi confirmada no
final da tarde se ontem com exclusividade à Rádio Nativa FM por Marcelo Bardi, veterinário da Inspetoria
Veterinária local, após o órgão receber o resultado da análise do material
coletado em uma propriedade localizada no Alto das Palmeiras e realizada no Instituto
de Pesquisas veterinária Desidério Finamor.
Marcelo informou que a inspetoria já possui a confirmação
da morte de quatro animais com os sintomas causados pela raiva, mas que o
número pode ser bem maior.
- Assim que
detectamos o foco passamos a receber a informação de criadores de outras mortes com
sintomas parecidos e isso pode significar que os proprietários podiam estar com o
problema em casa e não sabiam- revelou o veterinário.
Essa espécie de hematófago se alimenta basicamente de
sangue e os animais de sangue quente como bovinos equinos são os preferidos
e como explicou Marcelo, o morcego que adquire a doença quando tem redução do seu
sistema imunológico morre em sete dias, mas suas vítimas duram bem mais sem dar
sinais da doença.
- A morte deles leva uma semana, mas até o terceiro dia e
já doentes eles ainda saem para se alimentar e nesse período contaminam.
Os animas inoculados podem ficar com o vírus da raiva incubado por até noventa
dias- detalhou.
O também veterinário João Manoel D’Avila Neto, capturou
usando uma rede do tipo feiticeira cerca de cinqüenta morcegos na região do
foco, a maioria deles em um moinho desativado 5º distrito.
Os transmissores receberam uma pasta hemorrágica e foram
transferidos para outras áreas onde existem as chamadas furnas, local usado
para se refugiarem.
O objetivo é que o produto aplicado nos capturados
contamine o maior número possível deles quando ao mantiverem contato, já que repousam aglomerados
como mostra a foto superior e bizarra tirada pela técnica agrícola Briana Sanches, de São Lourenço em uma carvoaria abandonada durante uma das diligencias para encontra-los
Marcelo Bardi informou que esta espécie de morcego, assim
como a maioria, não tem como hábito atacar seres humanos, mas alertou:
- Deve-se evitar o contato com este animal e caso você o
encontre não tente pega-lo, pois acuado ele vai morder e através da sua saliva
vai contaminar- preveniu.
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