Para
encontrar o alento de trafegar uma carreta com 42 toneladas pela BR 293, via
que oferece um asfalto de qualidade e boa sinalização, os motoristas que novamente são responsáveis por
transportar a safra de soja, cevada e milho produzida ou armazenada em Piratini
enfrentam a apreensão de atravessar as gigantes pela arcaica, apertada e
esburacada Ponte Do Costa.
A
indignação dos proprietários de carros de passeio que diariamente são vítimas
da travessia e seus buracos enormes e ferros retorcidos que rasgam pneus e
destroem a suspensão, é a mesma de quem está ao volante dos de grande porte e
teme quando sente um frio na espinha ao cruzar os cem metros da ponte sob o rio
logo ali abaixo.
- É
assustador. Se você parar por uns segundos, por a cabeça pra fora e olhar pelos
buracos de tamanho absurdo é possível ver o rio muito próximo quando caem
chuvas fortes, dá medo!- conta Alípio Ramos, funcionário de uma empresa de
cargas leves.
Fredo
Westerman, um dos proprietários da Westerman Ltda que além de ser produtor de
soja, trigo, milho também tem em sua empresa o armazenamento de grãos como a cevada produzida em cidades da
região é a síntese desta realidade.
- Estamos
transportando a maior movimentação de grãos que o município já teve, e olhem o
estado de conservação dessa ponte- aponta o produtor cerealista ao mostrar as
fotos que fez para enviar aos órgãos de comunicação na esperança de que o
socorro chegue antes do final da safra.
Ele
entende que ao menos para os caminhões os problemas seriam menores se o Departamento de Estradas e Rodagens, Daer, oferecesse uma
manutenção constante, evitando assim a presença dos buracos que se abrem em
virtude da deterioração da estrutura, que só recebe a atenção do departamento
quando fica interrompida.
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