Magistrado entende que candidato não terá direito políticos caçados
Juiz explicou o motivo da retração |
Na tarde da segunda-feira, o Juiz Eleitoral,
Roger Xavier Leal, recebeu a reportagem da Rádio Nativa FM quando comentou sua
decisão com relação a retratação e mudança de sentença sobre a
candidatura de Vagner Gustuci, Patorra, na semana passada quando manteve, para
em menos de 48 horas depois, retirar Patorra da corrida eleitoral.
Com
relação ao que já foi publicado neste espaço sobre esta situação, nenhuma novidade. A reviravolta foi ocasionada por um recurso do Ministério Público, que
juntou a ele, a comprovação de que o candidato havia desistido do direito de
apelação ao Tribunal de Justiça quando sua destituição do cargo de conselheiro
tutelar ainda não havia sido julgada. Detalhes sobre isto você confere em nosso
arquivo de matérias.
- Eu
não acatei inicialmente o pedido do MP porque uma das causas da inegibilidade é
a decisão de órgão colegiado ou trânsito em julgado e, como eu não tinha
conhecimento desta desistência, omitida inclusive pelo candidato em sua
manifestação no processo atual, entendi que deveria deferir – explicou o
magistrado que ampliou:
- Se eu soubesse desta desistência teria
impugnado já na primeira decisão por mim prolatada, o que fiz diante das novas
provas apresentadas pelo MP, através de uma retratação, o que está previsto no
Código Eleitoral –
Patorra não terá direitos caçados |
Mas ele concorda com a defesa do então
candidato, que alega e com razão, que Patorra mesmo não conseguindo reverter
ainda este mês a decisão local na instancia superior, não está com e nem terá
seus direitos políticos caçados.
- Uma das sanções previstas na Lei 64/90,
por ato de improbidade, é o afastamento do serviço público e a inegibilidade,
mas eu, dentre os atos praticados pelo Vagner enquanto conselheiro, decidi apenas
retira-lo da função e nada mais –
esclareceu Xavier.
Questionado se, em caso de manutenção de
sua decisão no julgamento do recurso impetrado por Vagner junto ao Tribunal de
Justiça, o órgão poderia acrescentar esta sanção, Roger Xavier Leal foi
objetivo:
- Não! Pois não estão em discussão os
direitos políticos do julgado. Analisa-se apenas se ele está elegível ou não
para este pleito, este é o motivo e fundamento a ser julgado –
Em suma, em caso de insucesso do recurso,
Patorra estará liberado para as próximas eleições.
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