sábado, 18 de agosto de 2012

Piratini tem mais de seis mil veículos emplacados




Em oito anos frota cresceu 69% e cidade tem 3.837 carros

Aperto na Gomes Jardim é diário
O blog Eu Falei trás hoje a segunda de três reportagens sobre o transito da 1ª Capital Farroupilha, que busca justificar a falta de vagas para estacionar nas principais avenidas da cidade e que permitem o acesso ao comércio local.

As reclamações sobre a situação só aumentam, mas o comportamento dos motoristas reclamantes não muda, ou seja, todos estão inseridos em uma cultura de comodismo de somente estacionar seus veículos a metros ou em frente à loja que atuam ou buscam para fazer compras, deixando as ruas laterais e muito próximas das principais, quase desertas.


A situação pode estar se tornando fator não mais passível de ser ignorado pelas autoridades para tornar a Avenida Gomes Jardim e parte da Mauricio Cardoso, em sentido único e com vagas oblíquas, ponto já destacado neste espaço e que você terá o link à disposição ao final da matéria.

Realizamos uma pesquisa junto ao site do DETRAN-RS, para fazer um levantamento do número de veículos emplacados na cidade nos últimos oito anos e o crescimento de 69,6 %, fideliza a dificuldade encontrada durante o horário comercial.

Em 2004, o município tinha já também contabilizado ônibus, motos, caminhões e tratores, 4005 veículos registrados junto ao DETRAN. A partir daí, este número continuou numa crescente pulando no ano seguinte para 4.381, e em 2009 a cidade atingia 5.752 automotores.

No centro, vagas estão cada vez mais raras 
Ao final do primeiro semestre deste ano, o DETRAN RS tem em seu sistema, 6.894 veículos registrados e o número de carros traduz o aperto nas ruas centrais: 4.432.

As motos, que para reorganizar o transito necessitam de estacionamento próprio, somam 1.874 e neste caso, causa certa curiosidade. Visualmente não percebemos uma quantidade tão elevadas assim de duas rodas no perímetro urbano, mas, na zona rural, elas são o meio de transporte preferido.

O aumento anual somente de novos carros circulando, traduz a ampliação do poder aquisitivo da população. Entre 2004 e 2011, somente em 2005 e 2007 este número ficou abaixo de 400: 376 e 314 respectivamente, e teve uma queda atípica em 2008, com apenas 281 emplacamentos.
Se a média registrada nos primeiros seis meses deste ano se mantiver no segundo semestre, pela primeira vez em quase uma década Piratini ultrapassará a casa dos 500 veículos registrados, pois até o momento, já são contabilizados 265 novos registros.

Uma observação importante e que deve ser feita, é que estes números podem não ser totalmente fiéis, pois pode ocorrer que muitos já não mais rodam por vários motivos, entre eles roubo, sucateamento e não tiveram sua baixa realizada junto ao órgão. Por outro lado, não estão nestas estatísticas, aqueles que ainda se mantém emplacados em outros municípios mas que aqui circulam ocasionalmente ou permanentemente.

Confira todos os números:

Carros, caminhonetas e camionetes: 4.432.

Motos: 1874

Tratores e caminhões: 274

Ônibus: 135

Novos emplacamentos por ano.

2005- 376
2006- 435
2007 – 314
2008 – 281
2009 – 341
2010 – 414
2011 –463

Confira a outra matéria da série
http://eufaleipiratinirs.blogspot.com.br/2012/07/tcc-de-ex-diretor-de-transito-sugere.html




2 comentários:

  1. Este problema fomos nós que criamos!! pois temos uma cultura "motorizada", onde o automóvel ainda está atrelado ao símbolo de "Status" e "Liberdade". Precisamos repensar formas alternativas de nos movimentarmos, como por exemplo, de bicicleta! um veículo muito eficiente, não poluente e anti stress!! porque ficamos "irados" quando não há vagas para estacionar, não é mesmo?!!
    Se realmente trabalhassemos em nossas mentes uma proposta de mudança, e começassemos de fato a por em prática, pequenas mudanças, como racionar o uso do veículos para determinados deslocamentos, tudo poderia ser melhor!!
    Se realmente nos dessemos de conta do mal que o veículo causa ao Planeta e a nossa saúde, romperíamos o paradíguima do "Status" que ele parece nos dar, e quanto a questão da "Liberdade",ir e vir, será que realmente é este o sentimento, pois vejamos, como podemos ter o sentimento de Liberdade, se para isso precisamos estar dentro (aprisionados) dele?!!
    Este comentário é apenas para refletirmos, sem intenção de ofender ninguém, pois eu mesmo utilizo-me evetualmente de veículo para alguns deslocamentos, mas estou tentando fazer minha parte, restringindo ao máximo o uso do automóvel.

    Éberson Madruga.
    Equipe ELO.
    Ciclismo - Piratini.

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  2. Nael, não vou concordar com você nesta matéria.
    O problema de estacionamento em nossa cidade não é por excesso de veículos ou por falta de vagas, é cultural. 1 - Quando falo em cultural me refiro ao típico motorista de cidade interiorana que geralmente não estaciona bem o veículo; 2 - A falta dos chamados "flanelinhas", pois são um mal necessário, organizam os estacionamentos diminuindo o espaço deixado entre um veículo e outro; 3 - Todos os proprietários de comércio na Rua Gomes Jardim, ao invés de deixar o estacionamento para o seu cliente, preferem estacionar seu veículo em frente ao seu estabelecimento comercial; 4 - Seria o caos essa ideia de mão única, pois não temos uma segunda via lateral e para fazer o trânsito inverso ao proposto na Rua Gomes Jardim, traria uma grande mudança para pouco retorno. Penso que o ideal seria uma boa consultoria de trânsito, para fazer um projeto, de sinalização dentro das normas do Contran, obedecendo as normas do Centro Histórico e não uma simples mudança, sem parecer técnico apenas embasado no "achometro".
    Otávio Alves

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