Donas de casa buscam alternativas para substituir a fruta |
Os tempos difíceis provocados pela inflação ameaçam retornar
ao país e, segundo números e dados divulgados pelos institutos e fundações
especializados em economia, o tomate é apontado como o principal item entre os
hortifrutigranjeiros que impulsiona e indica o possível retorno da grande vilã.
Há dois anos, quando o preço da carne disparou para não
mais retornar aos padrões aceitáveis ao bolso, as verduras, frutas e legumes eram
a saída para manter a qualidade e o sabor nas refeições das famílias
brasileiras. Mas quase ao mesmo tempo, cebola, alface, batata, banana e o
tomate, deixaram as donas de casa sem opções e salvo as devidas proporções,
levar um ou outro, hoje sai seis por meia dúzia.
Na semana passada, a fruta da variedade paulista
ultrapassou a marca dos R$ 6.00 o quilo em Piratini e no noticiário nacional,
foi apontado, após alta de 800%, como o fator preocupante economicamente
falando.
O supermercadista, Marcos Weeg, aponta o clima impróprio
para o desenvolvimento e qualidade da fruta, como o motivo para o preço ter
disparado muito acima da inflação.
- Tempo ruim, tomate caro. Em São Paulo, muita chuva, no
Rio Grande do Sul, praticamente não produzimos o nosso tomate, o gaúcho, por
causa do fim do verão com seca e início de outono com geadas. É um produto
extremamente perecível e como vem de São Paulo, metade da carga em viagem
apodrece e aí o preço sobe – explica Weeg.
O comerciante lembrou que nessas condições comprou tomate
na CEASA, Pelotas, há R$ 4.80 o quilo numa segunda-feira e, já na sexta, depois de quatro dias
sem frio e chuva, o preço caiu para R$ 2.20.
- Depende muito como tá o tempo e o clima naquela
semana. Há quatro anos não subia assim. Em 2011, vendemos o quilo do tomate por
menos que cinquenta centavos – relembra Marcos, percebendo que o preço alto tem
refletido direto nas vendas.
- A dona de casa que até então vinha e comprava um quilo,
hoje pega meio quilo e completa o molho com extrato, com uma polpa derivada
dele. A queda nas vendas é imediata – reclama.
Em situação parecida, está a cebola, maior fonte de
economia do município de São José do Norte, que segundo Weeg, teve queda enorme na
produção, a batata e o alface, que também está vindo de São Paulo, sujeita a
deterioração e consequentemente o aumento do preços. O pé do alface gira em
torno de R$ 1.15 e cada vez mais se distancia da mesa dos brasileiros.
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