Marroni:cura gay' reforça preconceito

Foto: Kaká Oliveira Parlamentar afirmou que "Deus ensinou a respeitar as diferenças, e não a criminalizar as pessoas" “O projeto de lei conhecido como a' cura gay' serve apenas para reforçar o preconceito aos homossexuais”. A afirmação é da psicóloga e deputada estadual Miriam Marroni (PT).  A parlamentar se manifestou tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta (08). O projeto, de autoria do deputado federal João Campos (PSDB/GO) encontra-se na Comissão de Diretos Humanos da Câmara dos Deputados e visa derrubar dois artigos da resolução do Conselho Nacional de Psicologia (CNP). Um deles impede a atuação dos profissionais para tratar homossexuais e qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente. O outro determina que psicólogos não se pronunciem de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais. De acordo com Miriam, psicóloga de formação, acreditar que o homossexualismo é uma doença é mais do que revoltante. Segundo ela, desde 1993 Organização Mundial da Saúde (OMS) tirou a homossexualidade do rol de doenças, que não é vista como tal pela ciência do comportamento.  – Trata-se de uma questão biológica e não de uma opção. Não é uma deformação que deve ser curada. Isso é um absurdo. Quem disse que apenas o hétero é normal? Isso é cultural. Uma coisa é o sexo, a outra é a sexualidade – disse a deputada. A decisão do CNP é de 1999. De acordo com o presidente do Conselho, Humberto Verona, o projeto é inconstitucional. Para Verona, a psicologia “está voltada para reduzir ou mesmo dirimir o sofrimento gerado pelo preconceito social e pela humilhação que esse preconceito cotidianamente produz”. A deputada ainda afirma que “Deus nos ensinou a respeitar as diferenças, a ser solidário, e não a criminalizar as pessoas. Por isso, como psicóloga, como deputada e como ser humana, eu repudio este projeto absurdo da cura gay”, diz Miriam.