sexta-feira, 17 de maio de 2013

Diretor Ivair repudia escândalo do leite


Eu não acreditava que um ser humano era capaz de fazer isso para outro. Leite é o alimento dos mais necessitados “ 
Com essas frases, Evair de Souza, (foto), diretor da Cooperativa de Comercialização e Prestação de Serviços, Coopersul, que entre seus produtos tem o leite como carro chefe, definiu seu repúdio a descoberta de que no Estado, transportadores adicionam ureia  formol e água sem tratamento no produto que esta semana descobriu-se ainda conter coliformes fecais.

Na visão, função cotidiana a que participa por ser também produtor de seis mil litros mensais que se somam aos nove mil litros mensais, produção vendida para a Cosulati, Evair falou dos testes rígidos a que eles mesmos submetem seus produtos antes que saiam da propriedade, e os demais realizados quando os caminhões chegam na empresa parceira.
- Fizemos o teste de acidez e se não passar, já não é carregado no caminhão. Quando chega à Cosulati, são feitos vários outros testes para negativar a presença de água, antibióticos e acidez – revela Evair.

Ele concorda com a rigidez e garante que a mesma é repassada.
- Somos muito cobrados. Há no momento da entrega a presença e fiscalização de um funcionário de um fiscal do Ministério da Agricultura e, se não passar nos testes, o leite nem é descarregado, sendo imediatamente descartado. Concordamos com as cobranças e repassamos todas elas aos nossos produtores associados – assegura.

 Dados aos métodos de crivo utilizados, o diretor acredita que o leite produzido aqui, diferentemente da região envolvida no escândalo, tem boa certificação  e qualidade.
- Não vou afirmar que não haja  problemas. Eles podem existir e nós não termos conhecimento –

 Valores-Com relação ao valor pago por litro, a reclamação e mesma tanto entre os cooperativados quanto entre aqueles que decidem não aderir ao processo de cooperativismo.
Evair revelou que o preço líquido pago atinge 0,64 centavos por litro e, em reclamações de outros produtores ao telefone do Programa Bom Dia, da Rádio Nativa Fm, não ultrapassa 0,66 o litro.
- Nos pagam uma miséria e para aceitar o leite fazem mil testes e quando sai da   prateleira no supermercado ele é vendido acima de R$ 2.00, o que fica pra nós, é insuficiente para muitas vezes manter o sustento da família. Pagar os financiamentos nem se fala- reclamou indignado um produtor por telefone.
Dele, parti uma frase que inicialmente pode parecer grotesca e engraçada, mas que define a ausência de qualidade de vida de quem opta por esta função:
- Nossa família é a vaca. São quase 24 horas por dia junto dela sem direito a descanso- reclamou.
A lamentação do colega de atividade é compartilhada por Evair.
- Não tem sábado, não tem domingo, não tem feriado. São 365 dias por ano sem folga. Esta função prende a família no campo e não há tempo para mais nada- reclama.

Barriga Mole-
 A ganância que levou ao ato criminoso, envolve apenas o leite longa vida, o que o que para Evair, reforça sua opinião com relação ao tradicional leite de saquinho, apelidado por ele de Barriga- Mole, como mostra a ilustração acima.
  - O Leite barriga mole no meu ponto de vista é o de melhor qualidade por passar por dois testes que não deixam dúvidas:caloria e choque térmico para somente após isso ir para o saquinho. Já  o longa vida retorna até 5 vezes para caixa, o que é observado no fundo da embalagem - 

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