Macega garante que vai ao Ministério Público |
Ânimos novamente exaltados na tarde de ontem,
segunda-feira, quando a Câmara de Vereadores de Piratini recebeu o secretário municipal
de saúde Diego Espindola e o diretor do Hospital Nossa Senhora da Conceição
Laerto Farias, que tiveram a lisura de suas gestões colocadas em dúvida no mês
de abril pelo vereador Marcial Guastuci, Macega do PMDB.
Macega denunciou irregularidades na compra pela
prefeitura do oxigênio para a “Oxigenoterapia”, processo que permite ao
paciente com doença respiratória, inclusive da zona rural, receber os cilindros
em casa, serviço prestado pelo hospital dado um convênio firmado entre as
partes em 2009.
Entre uma ou outra explicação dos gestores sobre o assunto na sessão que
durou cerca de três horas, se instaurou um bate boca e ataques desmedidos entre
situação e oposição, sobrando inclusive pra assistência, quando Macega apontou e
chamou de mentiroso um funcionário do hospital presente e que teria lhe caluniado.
O vereador condenou a documentação que recebeu da
prefeitura onde em 2012 foram gastos 142 mil reais na compra de
cilindros sem licitação e nem tomada de preço, apenas através de carta convite.
- Não questionamos
o fornecimento e sim, a modalidade usada para a compra, sem passar pela
aprovação do legislativo e sempre das mesmas empresas, situadas em Canguçu e
que pertencem ao genro e a sogra – disse o parlamentar, sem citar os nomes dos
fornecedores.
Espindola não vê irregularidades e pacientes são a preocupação |
O vereador
foi além em suas acusações e colocou em dúvida a eficiência dos funcionários do
hospital que prestam o serviço instalando os cilindros nas
residências dos necessitados.
- Há ali (hospital), diretor,
pessoas despreparadas e mentirosas. Tenho provas de que uma paciente usou 2.5
litros de oxigênio e assinou um documento que teria usado quatro.
O contrato
firmado entre a Secretaria de Saúde e o hospital teria que ter passado pela
Câmara e não passou, aí está outra irregularidade. Acima de 80 mil reais está
na lei, a compra tem que ser através de licitação e se há fraude, vou até às
últimas consequências, inclusive no Ministério Público – ameaçou.
O secretário Diego Espindola informou que há um processo aberto de licitação para este fim
e que o mesmo se encontra comprometido..
- Abrimos
licitação e está travada porque entre os itens que exigimos, está o do
fornecimento domiciliar no interior e nenhuma empresa quer fazer. Nós
precisamos atender as pessoas que necessitam do oxigênio pois temos a preocupação
com a vida– explicou, ampliando que a Oxigenioterapia não precisaria partir do município.
- Isso é uma
obrigação do Estado que assumimos. O processo licitatório é lento, burocrático
e não acredito que estejamos comprando oxigênio caro demais, R$ 21.00 o metro
cúbico entregue em casa. Muitas vezes, a legalidade e o moral impede que vidas
sejam salvas – justificou.
O diretor do
hospital Laerto Farias, (foto), que até então apenas assistia às acusações e os bate
boca entre um ou outro vereador, foi rápido ao se manifestar e se retirou da reunião.
- Quanto às
suas denúncias com relação aos meus funcionários vereador Macega, não tinha
conhecimento e vou averiguar. Mediante as denúncias com relação ao oxigênio e como para o hospital nós
compramos ele sem nenhum problema, entendo que não devemos mais prestar
este serviço, portanto, neste momento, estou devolvendo à secretaria e vou dar
apenas um prazo para que pessoas sejam treinadas para instalar os cilindros – anunciou
Laerto.
A decisão do
gestor parece ter pegado de surpresa o secretário Diego.
- Fico
triste e preocupado. Era um serviço de qualidade e necessário. Vou tentar
convencer o Laerto voltar atrás em sua decisão e mandar um convênio para esta
casa para que os vereadores aprovem e a parceria com o hospital possa continuar
– disse Espindola.
Praticamente
o mesmo disse o vereador situacionista Gilson Gomes.
- Vou pedir que ele reconsidere e serei um
batalhador nesta casa para aprovar o convênio e nós vamos sim, assumir a
responsabilidade e eu não vou pedir para incluir a licitação e sim, votar pela
transferência de recursos para o hospital ou as pessoas vão perder suas vidas por
falta de oxigênio? – questionou o progressista.
Cláudio
Dias, PMDB, considerou as decisões uma manobra política para jogar a opinião
pública contra a oposição.
- Querem justificar o injustificável- Parece que teremos que deixar atos ilícitos passar debaixo dos nossos olhos sem nada fazer. Não vão deixar de prestar serviço algum, querem é causar comoção nas pessoas e transferir a responsabilidade - Disse Dias.
- Querem justificar o injustificável- Parece que teremos que deixar atos ilícitos passar debaixo dos nossos olhos sem nada fazer. Não vão deixar de prestar serviço algum, querem é causar comoção nas pessoas e transferir a responsabilidade - Disse Dias.
O Macega esta fazendo o que os vereadores deveriam estar fazendo a muito tempo...fazer cumprir a lei!!!
ResponderExcluirÉ Verdade, vereador é pra fiscalizar os recursos públicos. Dá-lhe macega ,
ResponderExcluira como comprar o medicamento sem que para isso precisa burlar a lei.
Parece até piada..., ou brincadeira de gato e rato!
ResponderExcluirNo meu modo de ver as coisas, os vereadores de oposição ao invés de tentar afundar ainda mais o município, deveriam se unir aos da situação para encontrar uma solução de melhora para Piratini, pois temos o menor poder aquisitivo da região, emprego muito pouco e o pior é que não temos nem uma previsão de melhora.
Acabou as eleições, agora VOCÊS não precisam agradar a aqueles que acham que vão conseguir um voto, agora devem trabalhar para quem te deu confiança e para que não deu, que com trabalho digno este ultimo pode mudar o voto.
O vereador Claudio Dias considerou as decisões uma manobra política para jogar a opinião publica contra a oposição! Será que este assunto (oxigeno terapia) não poderia ter se resolvido fora da câmara de vereadores? Isto sim, acho que é uma maneira de atiçar a população.
Realmente deve ter algumas coisas erradas, mas quando tem algo errado é melhor se unir para procurar uma solução de melhora!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAcredito que o programa de oxigenoterapia não necessita ser cancelado, apenas revisto em sua estrutura burocrática para que possa se adequar a lei vigente. Não é porque salvamos vidas que podemos burlar a lei!!!!! Sem esquecer que entidades públicas devem ter transparência e legalidade em suas ações, pois trabalham com o dinheiro do povo.
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