Marisa aprovou as novas medidas de rampas |
Às obras começaram na semana passada, pouco mais de um
ano depois do primeiro ofício com a orientação ter chegado à prefeitura,
situação decorrente da reclamação de uma cadeirante que se estendeu às placas
publicitárias postadas nas calçadas por alguns estabelecimentos comerciais, o
que limitava o espaço à disposição. Após a denúncia e o acionamento através do
MP, empresários foram proibidos de ocupar o espaço público.
Convidamos a cadeirante Marisa Ferreira, 27 anos, que
mesmo não tendo sido a autora da reclamação, carrega o mesmo descontentamento pela
deficiência ou ausência de estrutura compatível com o que reza a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, para quem necessita se deslocar em uma
cadeira de rodas, para que testasse os acessos agora reformados e fizesse um
comparativo com as anteriores ou ainda existentes, já que o processo está em
andamento.
O teste foi na Avenida Gomes Jardim, entroncamento com a
Rua 24 de Maio, o ponto mais movimentado da cidade e também um dos mais perigosos
devido às manobras inconsequentes de motoristas.
Antes testar a rampa que acessa a calçada do Palácio do
Governo, Marisa demonstrou os problemas em uma calçada do outro lado da rua, e
foi ajudada pelo proprietário Valdo Souza Garcia que aguarda os pedreiros para
refazer o serviço.
- As que ainda não foram reformadas como essa, o problema
é o declínio, ser estreita e também a lajota usada que faz deslizar e compromete a estabilidade.
Neste caso preciso de alguém segurando a cadeira para não ter o risco vira-la –
explicou.
O proprietário Valdo, explica que a rampa ainda com as
medidas e modelo antigo, foi feita sob orientação da prefeitura.
- Vou desmanchar e fazer com um metro e vinte centímetros
de extensão – garante.
Quanto às novas, ela opinou: agora dá pra subir sem
esforço nenhum e sem risco de acidente. Ficou muito mais fácil para
manobrar – avaliou.
Mas ela estendeu suas críticas à situação também de muitas
calçadas da cidade que se encontram em péssimo estado de conservação, o que
também dificulta a movimentação de quem naturalmente já tem seus limites.
- São mal conservadas, o que é um grande problema por
causa dos pneus da cadeira -
Com relação ao limitadíssimo acesso ao comércio e repartições
públicas, ela explica o procedimento que adota e chama a atenção do poder público para
transformar suas esperanças em realidade:
- Para entrar em prédio público ou comercial, eu chamo o
proprietário na porta, é o único jeito. Tenho esperança que um dia os prédios tenham
acesso, inclusive a prefeitura, pois sou uma cidadã com o direito de ir e vir como
qualquer um – salienta.
A medida é ótima, as pessoas com limitações necessitam desses acessos. Mas outro ponto destacado é as calçadas e estas sim são tão importantes quanto estes acessos também, pois nelas transitam pessoas idosas ou com outros tipo de limitações (bengalas, muletas, etc). Um exemplo disso é ali em entre a esquina da Loja Quero-Quero e Loja Kargê, tem aquele "pedacinho" que é chão batido misturado com tijolos soltos, pra gente que tem boa mobilidade já é ruim, imagina para um idoso! Outras calçadas faltam lajotas, etc. Ali perto do Banrisul, bem em frente a revendedora do Velto, tem uma caixa, não sei se é esgoto ou rede de água bem no meio da calçada e tem uma tampa que está com uma ponta levantada, não sei se ninguém nunca caiu ali mas é um perigo constante, com trafego intenso de pedestres que diariamente passam por ali. Tem outros inúmeros lugares que tem uma coisinha aqui ou ali para consertar. São pequenas coisas que custa pouco dinheiro e tempo para consertar, só falta vontade de quem as compete fazer!
ResponderExcluirAs calçadas realmente são um problema , aqui perto da antiga CRT tem calçadas com dois níveis , fica uma escada na calçada e sem espaço para cadeirante e para pedestres, um horror.
ResponderExcluirCalçadas deterioradas pelo tempo e desleixo dos proprietários das residências. Pois a responsabilidade de construir o "passeio público" é do morador (proprietário). Outro dia sugeri ao vereador Manoel que propusesse um projeto onde a Prefeitura desse desconto de IPTU ao proprietário que construísse ou reformasse a sua calçada.
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