Lourenço de Souza |
Os debates acalorados, aprovações e reprovações dos projetos
colocados em votação na manhã e parte da tarde de hoje na Câmara de Vereadores
de Piratini, podem ser vistos como um marco divisor do legislativo que, mesmo com a pouca alteração de formação, deve a partir de hoje, atrair a bem mais a comunidade, o que até
então era tímido durante as discussões na casa.
Todos, situação e oposição, atingiram seus objetivos. Na
extraordinária convocada pelo prefeito Vilso Agnelo, o governo conseguiu
aprovar os oito projetos enviados, inclusive, o que cria a Secretaria de
Habitação, necessária para entre outros objetivos, cumprir acordos políticos
com o Partido dos Trabalhadores que permitiram a Agnelo a maioria no legislativo. Já o PMDB,
agora com uma cadeira a mais, fez a movimentação necessária para atrair não só
seus partidários, mas também a população como um todo para a reunião, mesmo
sabendo que por ter um vereador a menos sairia derrotado. Isso possibilitou a
visibilidade pretendida e até então bem menor, junto aos veículos de
comunicação e deu início ao almejado debate e desgaste para a administração em torno de tudo que serpa discutido e votado.
Cláudio Dias |
Entre as cenas curiosas na reunião interrompida pelo presidente
Manoel Rodrigues, PP, o sistema utilizado por ele para que todos soubessem no
momento de cada votação, quem era contrário ou favorável.
- Quem é a favor fica em pé, quem for contra, permanece
sentado - A curiosidade 4x4, que lembrou os bancos escolares, foi repetida
várias vezes. “No senta levanta, evidenciou-se a batata quente” que deve
permanecer nas mãos do presidente durante o ano. Apenas uma emenda sugerida
pelo PMDB, não necessitou do voto de desempate dado por Rodrigues, o que vai dar a ele, os bônus ou ônus pelo que passar na casa este ano.
Sérgio Castro |
Viu-se também, um líder da oposição, Cláudio Dias,
reciclado. Bem mais ponderado, com a mesma firmeza e muito mais conclusivo e
objetivo, Dias foi crucial em sua posição para a única vitória de seu
partido na extraordinária.
- Há pouco eu requisitei algo nos mesmos moldes e os
senhores disseram não. A casa não deve ter dois pesos e duas medidas, então,
mantemos nossa posição, querem votar contra, votem – manifestou o vereador, ao
responder um pedido de Sérgio Castro, PDT, para que uma emenda de Marcial
Guastuci, Macega, fosse retirada de votação.
Serginho, considerado bom de oratória na defesa do governo, mesmo não sendo o líder da situação, (permanece Gilson Gomes), deve travar muitos outros os debates como os que se viu hoje, com Macega e
Claudinho. Lorenzo, PT, teve sua plateia de admiradores garantida pela presença
dos assentados e na reunião, colecionou mais altos do que baixos. Já Daniel,
outro debutante, finalmente falou e, nas discussões acaloradas, garantiu seu
minuto de fama.
Surpresa foi à postura silenciosa e bastante comentada pelos
presentes, do vereador Mauro Castro, PMDB, que praticamente entrou mudo e saiu calado.
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