Sgt Geovane deu dicas para evitar morte |
Mesmo diante de tantos alertas e inúmeras campanhas, a cada
temporada de verão a imprudência, aliada ao desconhecimento, elevam o número de
afogamentos não só no litoral brasileiro e gaúcho, mas, inclusive nos locais à disposição
e existentes nas cidades do interior, na
sua maioria, impróprios para o banho pela ausência de segurança especializada.
Na visão e experiência profissional do 1ºSargento Giovane de Moura Rodrigues, auxiliar de operações do 2º Sub Grupamento de Combate à Incêndio, situado em
Pelotas e responsável por assistir 14 cidades da região, a ousadia muitas vezes
irresponsável, principalmente de pré- adolescentes e jovens na faixa que varia
entre 11 e 24 anos, maioria das vítimas de afogamento, são fatores
determinantes para os óbitos.
- Geralmente sozinhos, eles não tem a coragem que adquirem
quando estão em grupo e sentem a necessidade de se aventurar, superar limites e
mostrar ao outro que são bons, sabem mergulhar ou tem condições de realizar a
travessia do arroio, açude enfim... – explica o militar.
Desrespeito as regras pode ser fatal |
As armadilhas criadas pela natureza conforme o sargento, elevam os riscos e isso se soma a imprudência
de quem busca refrescar-se.
Giovane explica que durante o inverno, açudes, arroios e
barragens sofrem alterações ocasionadas por enchentes, ficando mais profundos
ganhando buracos até então inexistentes.
- As pessoas ao terem o costume de frequentar os mesmos
lugares, acham que o conhecem e acabam surpreendidas pelas alterações
ocorridas de um ano para outro – reforça.
O desespero ao ver um familiar ou amigo se afogando em muitos casos acaba ampliando as tragédias. O bombeiro desaconselha às tentativas de
salvamento para quem não possui o conhecimento básico de como fazer.
- Se você não sabe nadar ou nada pouco, não se jogue. O ideal é atirar algo como pedaços de madeira ou similares que permitam a
quem está se afogando segurar. Quando você entra na água em situações como
estas, está sob forte stress e no seu limite psicológico, assim, não avalia que aquela vida
depende de você, tenta e acaba morrendo junto por ter forças para sair da água –
alerta.
Salvar um afogado requer conhecimento |
Outros dois eventos, um deles desacreditado e até
considerado mito por muita gente, são apontados pelo sargento como
causas de afogamento.
O choque térmico, ou seja, quando em dias de temperaturas
muito elevadas o banhista ao chegar ao local imediatamente se joga na água, e a
grande ingestão de alimentos a beira da mesma seguida de um mergulho, são ações
desaconselhadas.
- Antes de entrar molhe partes do corpo, como pés,
braços, nuca e cabeça, para que o organismo não sofra o choque térmico e, ao comer em
demasia, não entre sem antes fazer a digestão. Tanto um como o outro não matam,
mas ao se sentir mal, você fica paralisado ou desmaia e a consequência é o
afogamento – explica.
Choque térmico- É a
mudança rápida de temperatura do corpo. Pode
acontecer, por exemplo, quando a gente sai do banho quente e vai imediatamente
pendurar a toalha no quintal num dia bem frio ou ainda ao brincar embaixo do
sol forte e entrar de uma só vez na piscina de água gelada.
No calor, as veias estão
dilatadas (mais largas). No momento em que a temperatura abaixa de repente, se
tornam estreitinhas, dificultando a passagem de sangue. Isso aumenta a pressão
sanguínea e o esforço que o coração tem de fazer para levar sangue ao corpo
todo. É nessa hora que sentimos tontura e mal-estar.
Congestão- Ela é chamada pelos médicos de indigestão ou
dispepsia aguda, ocorre quando há um interrupção da digestão, ela pode ocorrer
em qualquer nível da digestão, mas em sua grande maioria acontece quando a
comida ainda está no estômago. São coisas que você faz que a digestão
simplesmente pára ou ocorre de forma irregular.
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