Uma “Cara” e saudável Brincadeira de criança

Amigas desde cedo procuram ganhar uns trocados com suas ideias

Com tantas opções ofertadas pela tecnologia, as saudáveis brincadeiras de criança, outrora  utilizadas por quem têm acima de trinta anos, hoje fazem parte de um passado que nos parece impossível de agora integrarem a infância de nossos filhos e netos.

São Vídeo- games, computadores, celulares e uma parafernália de engenhocas que ocasionam o amadurecimento precoce e formam gerações consumistas.

Quem circulou nesta tarde em uma das calçadas da Osvaldo Aranha, percebeu que as amigas Lívia Zenati Idalgo, 6 anos e Mariana Velasques, 8, (foto), nos fizeram retornar às histórias em quadrinhos onde as turmas de Mônica e Luluzinha improvisavam um caixote na rua e vendiam limonada para captar uma graninha usada para comprar sorvete.

O sabor do refresco é inquestionável, já o preço...

Usando a boa localização da loja da mãe, Melissa, Lívia, que desde muito cedo demonstra o tino comercial ao vender pulseiras para os vizinhos, uniu sua criatividade a de sua amiga, que tinha um brechó em Dom Pedrito, onde vendia  tudo aquilo que não usava mais, para ganharem uns trocados vendendo suco para quem, convencido pela ideia e capacidade de improviso das garotas, aceitava pagar a inflacionada brincadeira.

Dupla se divertiu com a venda para quem passava na calçada

Um mini-copo de suco cedido pela dispensa de Melissa, custava cinquenta centavos e, o outro, um pouco maior, dois reais. Pra que você tenha um comparativo do inflacionado refresco, uma lata de refrigerante de 350 ml custa o mesmo valor do copo mais caro comercializado pela dupla.

A renda bruta de nove reais foi dividida por Lívia e Mariana, mas, Melissa já avisou:

- Agora que elas têm capital de giro, que comprem o suco para a próxima vez- brincou.

Fotos e informações: Natália Rosa