sábado, 15 de dezembro de 2012

Assista a tensa conversa na ocupação da CEEE




Gerente ameaçou acionar a polícia para desocupar o escritório
Acabou a paciência com uma situação que não muda e aproxima o consumidor do limite que divide a linha entre o bom senso e a irritabilidade,o que leva a ações extremas na busca pelos direitos do consumidor.
Quatro dias após o temporal que colocou abaixo boa parte da estrutura responsável por levar energia a aproximadamente oito mil residências da cidade zona rural de Piratini, distritos inteiros e importantes para a economia do município ainda estão sem luz, agravando a situação de famílias rurais que, impotentes, assistem a produção leiteira estragar e abrem covas nos quintais para enterrar a carne e outros alimentos que nem mesmo os cães deram conta de comer.

Trinta assentados ocuparam as instalações
Cansados de esperar e repetir inúmeras ligações para o  0800 da CEEE, que em situações de grande dimensão fica inoperante, cerca de trinta agricultores do Assentamento Conquista dos Imigrantes, 4ª Distrito,  ocuparam o escritório da empresa  as 10 horas desta manhã.
- Vamos ficar aqui até vocês restabelecerem a nossa energia – anunciou Ivair de Souza, coordenador do protesto, ao gerente Antônio Balbino Soares, que requisitou e ameaçou:
- Eu preciso trabalhar e não poderei fazer isso com vocês dentro do prédio. Se não saírem, serei obrigado a chamar a polícia –
Neste momento, os demais agricultores se indignaram e houve um princípio de tumulto, rapidamente controlado por Ivair.
O coordenador exigiu que Antônio Balbino entrasse em contato com a gerencia regional, o que foi imediatamente feito e, ao receber o telefone, a discussão entre eles se acirrou e houve troca de farpas. 
Leite derramado em frente ao escritório foi forma de protesto
Ivair, após as ponderações do gerente Balbino, convenceu seus companheiros a saírem do local diante da promessa de que até as 15 h a energia retornará ao assentamento. Mas prometeu:
- Se o prazo não for cumprido, vamos voltar e não teremos previsão para desocupar, e podem chamar a polícia, o governador e quem mais quiser – 

Enquanto o gerente ampliava seus argumentos na intenção de mostrar que a situação não prejudicava somente a localidade e sim uma quantia significativa de consumidores e que as equipes da CEEE estavam trabalhando com intensidade e capacidade máxima, Ivair eximia os funcionários de culpa, responsabilizando a Companhia e sua falta de estrutura, pela situação.

- Estamos cansados de ser agredidos de todas as formas. São três mil litros de leite por dia que vão estragar e além desta questão emergencial, há ainda a falta de qualidade do serviço destinado a nós, onde se uma pequena parte das residências ligarem o chuveiro, as demais ficam sem energia – contou o assentado.
Para marcar o protesto, um tarro de leite estragado foi despejado em frente ao escritório da empresa.
Contraponto
Ao jornal Diário Popular, o chefe do Departamento de Logística e Operação da Gerência Regional da CEEE, Leandro Moutinho, explica que ainda há 479 clientes com problemas de falta de energia somente em Piratini e 11 pendências de atendimento em que o serviço exige caminhão. Segundo ele, três caminhões foram designados para o município. A expectativa é de que a energia seja restabelecida ainda nesta sexta, o mais tardar, se houver problemas de acesso, no sábado. Moutinho diz ainda, que além de Piratini,Canguçu concentra o maior número de clientes fora do sistema, 2, 3 mil. 

2 comentários:

  1. Ana Clara Rosa Leite18 dezembro, 2012 16:29

    Só acho que quem fala mal da CEEE não sabe ao menos o que se passa. Pois os funcionários da CEEE ficam em desespero e longe de suas famílias para solucionarem os problemas e nunca são reconhecidos.
    E o leite quando ainda estava em estado de uso deveria ter sido doado para creches, casa de idosos e não deixar estragar para ser jogado fora...

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  2. Este senhor não pode ser líder de uma cooperativa, pois não é nem um pouco educado. Falou palavrão na frente de senhoras que estavam presentes, além de reclamar sem ter conhecimento do que se passa. É compreensivel que pessoas sem energia elétrica fiquem nervosas, pois já se acostumaram a viver com ela, porém, a culpa da situação da rede elétrica no estado não é dos empregados da CEEE. Podemos dizer até que um pouco da culpa pode ser deste senhor que invadiu a agência, pois sabe-se lá em quem ele votou na última eleição... As pessoas deveriam primeiro procurar saber o que se passa, para depois tomar atitudes insensatas como esta de invadir a agência e afrontar o pessoal da CEEE que trabalhou incansávelmente, colocando suas vidas em risco, para reestabelecer a energia aos clientes, após estragos causados pela furia da natureza e não pela CEEE. E mais... se eles estivessem precisando tanto, não jogariam o leite fora...
    Ass. Vivian/Pelotas

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