terça-feira, 13 de maio de 2014

Na Câmara, três horas de Carbamazepina

Terça-feira- 13 de maio
Chana pôs em dúvida eficiência do Laboratório Pró- Ambiente
Maçante, repetitiva e certamente a mais longa da história do legislativo. Assim foi a audiência pública requisitada com o objetivo de responder às acusações que partiram do parlamentar Marcial Guastuci, PMDB, (foto abaixo) que em 24 de abril deste ano usou a casa para denunciar que o medicamento Carbamazepina,usado para pacientes que sofrem de convulsão, não fazia o efeito esperado sendo inclusive responsável pelo retorno das convulsões em um usuário menor de idade.

Durante três horas, ânimos exaltados, troca de acusações, bate boca e discursos com finalidade de medir forças entre situação e oposição.
No meio e, participando do fogo cruzado, a responsável pela Farmácia Básica de Piratini, Chana Espindola, Jean Soares, que integra o setor de licitações da Prefeitura de Piratini, o secretário de saúde Diego Espíndola e a representante da Vigilância Sanitária Estadual ,Márcia Andrade.

Todos munidos de documentos e dados para destruir os argumentos do denunciante que acusa de falsificação ou adulteração de medicamento, o Laboratório Sanval, fabricante do remédio em questão e a prefeitura de negligência já que esta teria sido comunicada pelo pai do garoto sobre o problema.

Questionamentos com relação à demora em denunciar após estar de posse do laudo feito em setembro do ano passado e só agora divulgado e da eficiência e autorização do laboratório Pró-Ambiente que analisou os comprimidos que afirma Guastuci foram retirados na farmácia do município.
- No laudo apresentado pelo vereador não há a data de fabricação e nem o número do lote do medicamento, o que é regra nesses casos. Também o laboratório Pró-Ambiente não está entre os dois credenciados no RS pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e com autorização e capacidade para fazer esse tipo de análise – disse Chana Espindola que concluiu:
- O Pró- Ambiente, de Porto Alegre, é credenciado pelo Ministério da Agricultura e está habilitado para testar e fazer análises de medicamentos para animais portanto de uso veterinário-
Segundo a farmacêutica, há muitas dúvidas em torno da referida análise. Uma delas é que nada prova que a amostra testada foi mesmo entregue na Farmácia Básica.

O secretário Diego Espíndola disse: - cobro mais responsabilidade na divulgação de informações como esta. Da forma como foi conduzido o episódio, mesmo sem qualquer comprovação de fato provocou terrorismo na população -
Já Marcial Guastuci reafirmou que o secretário tinha ciência do problema já que foi avisado pelo pai do menor.

- Não retiro um milímetro sequer do que eu disse. Entendo que comprovei a irregularidade e isso servirá como o pontapé inicial para um processo instaurado pela Polícia Federal.

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