segunda-feira, 17 de junho de 2019

Por 5 a 3, Legislativo rejeita redução de vencimentos


Segunda-feira- 17 de junho de 2019
Serginho e Lourenço foram decisivos para que a matéria não passasse
Com cinco votos contrários e três favoráveis, a Câmara Municipal de Vereadores impediu que o requerimento feito pelo vereador Marcial Guastucci, o macega, do MDB, fosse adiante e se transformasse em projeto através da Mesa Diretora da casa, onde os nove paramentares votariam pela redução de 20% não só dos seus próprios vencimentos, mas também do vice-prefeito, do prefeito e dos secretários para a próxima legislatura que começa em 2021.

Apenas o autor e os vereadores, Carlos Caetano (PDT) e Jimmy Carter, que é do mesmo partido de macega, manifestaram-se favoráveis à redução, sendo, portanto contra, Sérgio Castro (PDT), Mauro Castro (MDB) Manoel Rodrigues (Progressistas) e os petistas José Auri e Lourenço de Souza.

A questão provocou um fervoroso e longo debate entre o autor da matéria e Sérgio Castro, que defendeu o trabalho diário realizado pelos eleitos para a Câmara como motivo para que os integrantes da próxima legislatura ganhem no mínimo o atual valor, que é de R$ 5.830,00, mensais,  e consequentemente não se altere os salários dos chefes do poder Executivo e dos secretários.

“Já fui contra a essa matéria na legislatura passada, quando o mesmo vereador também requisitou a redução, e serei novamente. Seria simples, no intuito de ficar bem com a população, votar favorável, mas entendo que todos nós, bem como os demais envolvidos na matéria, trabalhamos muito e temos uma grande responsabilidade”, disse Sérgio Castro, que fez uma sugestão à macega:

 “Entendo que o exemplo deve começar por quem requer, portanto ele deve destinar imediatamente 20% de seu salário para alguma instituição, e talvez com isso sensibilize a todos nós fazer o mesmo”.

Lourenço de Souza, que assim como macega já anunciou que não tentará uma nova reeleição, disse entender que seria uma incoerência sua reduzir o salário dos futuros paramentares.

“É demagogia achar que eu sou merecedor e os futuros vereadores não são. Somos  trabalhadores e damos é lucro para a nossa comunidade com o que conquistamos para ela. Eu também entendo que é uma ilusão achar que uma redução de subsídios nos dois poderes vai equilibrar as contas do município, assim eu não sou favorável a essa redução, pois não serei contra meus próprios princípios”, disse Souza.

Entre os que votaram pela diminuição dos vencimentos, Carlos Caetano fez a seguinte comparação:

“Existe mais de uma centena de funcionários públicos, ativos e inativos, que precisam de uma complementação para que o seu salário chegue ao valor de um mínimo. Acho que um prefeito ganhar R$ 19 mil por mês é muito, um desrespeito, assim voto com minha consciência e sou a favor de reduzir em 20%”, afirmou o pedetista.


Nael Rosa- redator responsável
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