quinta-feira, 13 de junho de 2019

Casa própria dá prejuízo de R$ 32 mil para família


Quinta-feira- 13 de junho de 2018
Fabrícia e o marido estão concluindo a obra pela qual pagaram
Depois que dois casos de estelionato envolvendo promessas de casas pré- fabricadas as quais os construtores receberam a entrada exigida e desapareceram, fatos que foram destaque em Eu Falei recentemente, mais uma vítima buscou nossa reportagem com uma história similar.

Trata-se de Fabrícia Krause, 40 anos, que contratou os serviços da empresa Casas Pré- Fabricadas Simões, sediada em Capão do Leão, e que para realizar o sonho da moradia própria decidiu dar o carro da família, um Corolla ano  2008, no valor de R$ 32 mil, cifra cobrada pelo construtor Benites Martins Cabreira, para erguer um chalé de quatro cômodos, moradia que deveria ter sido entregue em abril de 2018, e que para abrigar seus proprietários está sendo terminada pelo marido de Fabrícia.

“Nós mesmos estamos, com muitas dificuldades, fazendo os 25% que faltou da obra que ele deu inicio e paralisou várias vezes, sempre alegando motivos financeiros e até familiares, situações que constatei serem mentiras”, conta a vítima.

Ela admite que errou ao confiar, pois após o prejuízo sofrido descobriu outro caso parecido também em Piratini, algo que se tivesse descoberto a tempo teria evitado o prejuízo que assegura já é bem maior do que  o construtor recebeu.

“Eu gastei para bancar todas as refeições que eles consumiram nos períodos em que tocavam a obra, e hoje nós continuamos a gastar para comprar material para conclui-la”, assegura Fabrícia, que viu o montante pago crescer devido à outra transação a qual foi convencida por Benites a fazer.

‘’Diante do atraso da obra e como ele já havia dado todo o valor, ele me propôs receber um carro como parte do montante devido, aceitei, vendi o veículo e dias depois o dono apareceu com a ordem de busca e apreensão alegando que seu carro também havia sido dado como pare do pagamento  e que portanto ele caiu no mesmo golpe. Resumo: tive que ressarcir a pessoa para qual eu havia vendido o veículo e o prejuízo com o golpe só aumentou, lamenta a mulher que paga R$ 500,00 de aluguel. Emocionada, ela completa:

“Sinto tristeza, pois a gente sonha tanto em ter uma casa e vem alguém, puxa teu tapete e você cai. Queria crescer e tiraram meu sonho. Eu me pergunto diariamente o motivo pelo qual fez isso”.

A reportagem contatou o construtor, que alegou estar falido e  que a empresa não existe mais, assim não tem nem como terminar o chalé e muito menos ressarcir Fabrícia.


Nael Rosa- redator responsável
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