terça-feira, 30 de junho de 2015

Sadi Guastucci será velado no Galpão de Rondas

Terça-feira- 30 de junho
Velório está ocorrendo no Galpão de Rondas do 20 de Setembro CTG
Morreu esta tarde no Hospital Nossa Senhora da Conceição em Piratini, o tradicionalista Sadi dos Santos Guastucci que aos 75 anos partiu devido a uma infecção pulmonar, mas já há 15 anos devido a um acidente vascular cerebral estava circunscrito a uma cadeira de rodas.

Além da viúva Loali e dois netos, Sadi deixa três filhos: Sátia, Vagner e Marcial que, em meio aos preparativos para o velório do pai falou do legado deixado pelo mesmo.
Conforme Marcial, seu pai foi um dos maiores incentivadores do tradicionalismo por apostar sempre na juventude ao ser patrão por no mínimo seis oportunidades do 20 de Setembro CTG, a primeira delas em 1975.
- Além da gurizada ele mantinha junto a si o gaúcho campeiro. Isso se refletiu também no Piquete Reste de 35 onde eu fui o primeiro patrão, mas, sempre o tive ao meu lado auxiliando e incentivando, tanto quea a entidade já tem quase 40 anos e ainda é um piquete onde a juventude predomina- conta Marcial.

Mas à frente do  20 de Setembro, Sadi teve uma importância ainda maior ao ser responsável por construir o Galpão de Rondas, situado ao lado do espaço de bailes e onde ainda lúcido pediu para ser velado.

Marcial relata que ali até então, era apenas um espaço de nove metros quadrados onde na parte externa os gaúchos se reuniam para tocar gaita.
- Ele conseguiu uma verba junto à Secretaria de Cultura do Estado e então a primeira parte foi erguida. Em 1984 quando novamente foi patrão, ampliou e concluiu a obra – relembra.

Mesmo não sendo o que o gaúcho chama de uma pessoa muito estudada, pois, cursou somente até a 7ª série, o saudoso apreciava muito a arte e a cultura do Rio Grande do Sul. Era laçador e costumava levar os filhos para os rodeios e envolve-los em todas as atividades de cunho tradicionalista.

 Emocionado Marcial disse que após a doença do pai não foi a mais que três rodeios sozinho.
- Parei de acompanhar. Foi algo que travei dentro de mim –

Dos ensinamentos o tradicionalismo fica em segundo plano já que o ser humano deixa para os filhos muito mais que aquilo que o pago sulino cultiva.
- Ele sempre priorizou o próximo tanto que ficou pobre ajudando os amigos e, é isso que levo comigo – concluiu.

O sepultamento de Sadi dos Santos Guastucci será amanhã, às 15h no Cemitério Municipal.

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