Quinta-feira- 16 de janeiro
Erro e burocracia fizeram comerciante desistir do empreendimento |
Erros,
burocracia, dívidas e finalmente a desistência. Assim pode ser definida a situação do comerciante
Gilnei Krause, então proprietário do estabelecimento Palanke Bar e que
pretendia transformar o comércio em uma danceteria na Praça Inácia Machado da
Silveira.
Nas
paredes os desenhos que fariam parte do ambiente são só uma pequena parte do custo
e prejuízo e que segundo ele atingiu quarenta mil reais.
Sem
poder atuar desde a onda de fechamentos decorrentes da tragédia da Boate Kiss,
ele acumulou dívidas adequando o espaço com as exigências feitas tanto pelo
Corpo de Bombeiros, como pela Prefeitura de Piratini, mas, os entraves burocráticos
agravados por um erro da Secretaria de Habitação levaram Krause a desistir de
seu projeto na terça-feira, 14, entregando o imóvel ao proprietário.
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Estou há meses sem trabalhar e minha situação é crítica. Não tinha mais como
continuar estando com três meses de aluguel atrasado tendo família para
sustentar. Desisti e nós vamos embora pra outra cidade – desabafa Gilnei.
Área tem restrições por pertencer ao Centro Histórico |
Lentidão- Ele
esclareceu que, mesmo após todas as adequações exigidas em lei, ao protocolar o
pedido de vistoria junto ao Corpo de Bombeiros de Pelotas ouviu que sua vez
estava muito distante.
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Pela ordem eles me disseram que só poderiam vir a Piratini em dezembro deste
ano e, até lá, eu teria que manter o estabelecimento fechado por ficar
impossibilitado de conseguir o alvará de funcionamento junto à Prefeitura –
detalha.
Erro da Prefeitura
No
caso da prefeitura, uma trapalhada agravou ainda mais a situação do
comerciante.
Ao
não perceber que o prédio em questão está situado dentro do perímetro delimitado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, IPHAE, o setor
responsável concedeu em 22 de maio deste ano o alvará autorizando o
funcionamento e o cancelando logo a seguir, mas só informando tal anulação à
Krause em 02 de outubro quando ele requisitou o habite-se e não o conseguiu devido às reformas estarem em desacordo com o que é exigido pelo IPHAE.
Ressarcimento
Para
continuar na luta, Gilnei Krause recorreu à justiça e obteve, dado o erro da
prefeitura, uma antecipação de tutela que obrigou o município a conceder o habite-se provisório independente da
aprovação do projeto pelo IPHAE.
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