Um caso de abuso sexual seguido de estupro de fato de uma das vítimas, foi denunciado às autoridades policiais de Piratini no dia 23 de dezembro do ano passado e levado ao Blog Eu Falei nesta sexta-feira, 03, quando a mãe das duas meninas, (foto) entendendo que seu drama pode ajudar a evitar ou descobrir situações da mesma natureza, decidiu expor o caso.
Emocionada ao relembrar os relatos das filhas, a mulher contou que a desconfiança por parte da filha mais velha, hoje com 22 anos, de que a irmã de 09 anos estava sendo abusada assim como ela foi entre 11 e 14 anos pelo padrinho, fez esta revelar à os estupros que lhe renderam inclusive uma gravidez indesejada.
- Ela contou que aos 13 anos ficou grávida e que ele, o padrinho, deu comprimidos abortíferos para ela tomar e que o aborto aconteceu em nossa casa sem que nós percebêssemos – contou a mulher demonstrando abalo.
As sessões de estupros ocorriam inclusive na residência da família, quando por necessidade o compadre dos pais residiu com eles por certo tempo.
- Ele morou com a gente e, segundo ela, na madrugada ele ia até o quarto para fazer...- conta a mãe de forma inconclusiva.
Ao convencer a irmã mais nova a falar, as três se reuniram e a menor relatou que tinha sua roupa tirada e seu corpo beijado pelo padrinho da irmã.
O exame de conjunção carnal realizado no Instituto Médico Legal, IML, em Pelotas, atestou que durante os atos sexuais não ocorreu à penetração.
Segundo a mãe, pela confiança que tinha no acusado, a filha menor permanecia na casa dele para que ela realizasse faxinas, um dos seus meios de subsistência.
- Eu a deixava lá para trabalhar. Pra mim é difícil lembrar do que eu ouvi ela contar, ter passado quando estava com ele – relatou me prantos.
O acusado, que trabalha em um caminhão fazendo fretes, foi informado de que havia sido descoberto ao visitar a família recentemente.
Conforme a mãe, que não estava em casa, ele reagiu com ameaças à afilhada e retirou-se rapidamente, mas, mais tarde, fez contato por mensagem de texto para dois celulares, uma delas com conteúdo mórbido.
- Para o telefone da minha filha ele mandou uma ameaça dizendo: Tu vai me pagar por isso.
Já para o meu marido, ele enviou uma espécie de confissão: Perdoa minha alma e nos encontraremos no meu enterro -
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