terça-feira, 7 de novembro de 2017

Acreditem: isso é parte do que um dia foi uma rua

Terça-feira- 07 de novembro de 2017
Abandono, desrespeito, prejuízos e muita indignação
Por décadas se discutiu, se debateu, se reclamou e foi motivo de embates políticos a questão da situação, geralmente ruins, das estradas do interior, o que chega ser de certa forma compreensível, afinal, são sete mil quilômetros de chão batido espalhados em cinco distritos, o que é humanamente impossível manter 100% trafegável o tempo todo afinal, soma-se a insuficiência de máquinas necessárias para o trabalho, também o fator climático, ou seja, a chuva que provoca erosão e destrói bueiros, por exemplo.

Nos últimos anos, outro problema de gestão surgiu e parece ter vindo para perdurar por muito tempo. As oficinas que realizam a manutenção de suspensão de veículos automotores aumentaram o faturamento já que se tornou um desafio rodar por vias de chão batido em quase toda cidade de Piratini.

Sem maquinário adequado, a Secretaria de Serviços Urbanos praticamente paralisou, e acumula reclamações, a maioria de moradores indignados com seguidos prejuízos com os automóveis.

Mas o problema vai além: adiciona-se à situação, o envaletamento inexistente ou com bueiros estourados, o lamaçal em dias de precipitação e, para finalizar, o esgoto correndo a metros das portas das residências.

 Cansaço é o termo que melhor define os residentes.Um exemplo do absurdo é enfrentado pela  babá Rafaela Lopes, 20 anos, que reside na Rua Edu Pinheiro Gomes.  Quando chega a hora de devolver à mãe o menino de cinco que toma conta, caminha a pé algumas dezenas de metros até chegar em um trecho sem buracos e entregar a criança. Motivo: a mãe do menino recusa-se a pôr seu veículo na rua do Bairro Sinuelo devido ao estado precário.

- Não suportamos mais. Acabei por criar um grupo nas redes sociais para nos unirmos e irmos protestar em frente à prefeitura- Indignada, ela foi à última sessão do legislativo e, desconhecedora do Regimento Interno que não permite a assistência se manifestar, desabafou em alto e bom tom quando o assunto entrou em pauta.

Na mesma rua, Edu Pinheiro Gomes, outro indignado. Antônio Augusto Goularte Costa, o Guto, é vendedor e acalenta um sonho que é passar a residir na zona rural. Para isso tornar-se realidade ele necessita vender a casa, avaliada em 300 mil reais, o que tenta fazer a um ano, mas fechar o negócio está difícil.

- Já apareceram vários interessados, mas todos desistiram do negócio alegando o péssimo estado das ruas- conta. Mas ele não encontra só esse problema. Há cinco meses Guto trocou seu Pálio 1.0 por uma picape 2014. Ele conta o que ocorreu:
A caminhonete começou a bater a suspensão e eu entendi que era melhor vender e voltar a ter um carrinho mais simples, mas em poucos dias já tive um gasto significativo com o Uno também.

Para o vendedor, o que não está funcionando é a gestão como um todo. Ele também entende que o caminho é protestar.

- Essa administração não evolui, então se a gente não se unir será impossível solucionar- conclui.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380


email:naelrosa@nativafmpiratini.com

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