quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vereador apresenta denúncia contra Prefeitura

 Quinta-feira- 24 de abril
Diante do laudo, vereador pediu investigação da Polícia Federal
 Uma nova polêmica e denúncia partiu do vereador oposicionista Marcial Guastuci, PMDB e, outra vez, sua a mira está apontada para a Prefeitura Municipal envolvendo agora a Farmácia Básica que distribui medicamentos gratuitos à população e o Laboratório Sanval, responsável pela produção do Carbamazepina, remédio que objetiva evitar ou impedir convulsões.

A denúncia está embasada em um laudo feito em 2013 pelo laboratório de análises Pró Ambiente, situado em Porto Alegre, que testou amostras retiradas na Farmácia Básica e que não estariam surtindo o efeito em alguns usuários.
- Três pessoas me procuraram falando de suas suspeitas com relação da eficácia da Carbamazepina distribuída na farmácia, uma delas, pai de um menino de 15 anos e que desde os quatro faz uso dela, afirmou que as convulsões retornavam ao usar o gratuito e paravam quando ele passava a dar a versão ética do medicamento – relatou Guastuci.

O próprio pai do garoto que requisitou anonimato ao conversar com nossa reportagem alegando que não quer expor o filho principalmente em seu ambiente escolar, garante que avisou sobre a ineficácia.

- Os procurei mais de uma vez e relatei o que ocorria. Ouvi que para parar a distribuição eram necessárias provas e me disseram para eu tomar as providências cabíveis – conta o pai.
Laudo atestaria ineficácia da Carbamazepina
Segundo o laudo de análise apresentado e interpretado pelo vereador autor da denúncia, a Carbamazepina estaria em desacordo com a dosagem exigida pelos padrões e normas internacionais, mas, ele vai além em suas acusações que geraram também um pedido de investigação à Polícia Federal.
- O Sanval pertence ao Grupo Hiporlabor que teve um de seus laboratórios proibidos de atuar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, pela produção também deste medicamento, o que está publicado no Diário Oficial da União – garante o vereador que dá continuidade:
- Em 2011 seus proprietários foram e ainda estão presos, por evasão de divisas, sonegação fiscal e fraude em medicamentos e, mesmo assim, ainda vendem para 27 prefeituras no Rio Grande do Sul  por um valor 32 vezes menor que ode mercado –
Contraponto
Em contato com a farmacêutica Bioquímica Chana de Ávila, responsável pela Farmácia Básica, ela disse que a prefeitura possui todos os laudos da Anvisa com relação ao medicamento em questão e, que o órgão autoriza a distribuição pela Sanval no mercado até 2018.
- Quando é feita a solicitação de qualquer produto se exige os laudos de controle de qualidade pela Anvisa e, especificamente sobre este, possuímos três que atestam sua estabilidade e eficácia – defende Chana.

Ela disse que em função das acusações, fez contato com o setor competente da Sanval que garantiu se manifestar e defender-se nos próximos dias.
Chana contra ataca.
- O laudo apresentado pelo vereador é de setembro do ano passado e não possui o lote do medicamento analisado, o que é uma obrigação para provar que essa Carbamazepina saiu de nossa farmácia –
Ela questiona:
- Se a intenção desse vereador é a saúde da população, então porque só agora, meses depois, ele apresenta o laudo? Seria interesse realmente na saúde  ou interesse político? -

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