ADÃO sILVEIRA sai do PMDB e já pode ser tucano

A foto que ilustra essa publicação não mais se repetirá se tornando algo que lembrará um passado coroado de êxito.

Dez anos depois, duas eleições para a Câmara de Vereadores e muitas juras públicas de amor à sigla, Adão Jesus Silveira, 44 anos, sem sucesso nas eleições 2012 ao atingir 385 votos, deixou o PMDB de Piratini em 14 de janeiro deste ano.

Mas a notícia que certamente além de decepcionar, irritou a cúpula da hoje oposição, também  deve ter atingido os simpatizantes, filiados e apaixonados peemedebistas. Motivo: Fontes do Eu Falei garantem que Adão Silveira filiou-se ao maior adversário político do PMDB, e agora é um tucano que rapidamente  passou a ser cogitado pela população para ser um dos fortes candidatos a vereador do PSDB em 2016.

Visivelmente incomodado com o assédio da imprensa, o agora tucano não quis falar sobre a troca de lado e, incompreensivelmente, informou que irá registrar queixa da Delegacia de Polícia Civil para formalizar sua negativa.

Extraoficialmente, a distância entre Adão e sua então sigla começou na campanha do ano passado. Nos bastidores do comitê, ele e, o hoje vereador Marcial Guastuci, se desentenderam seriamente dado a comentários de que Silveira não estaria se empenhando para eleger seu candidato à Prefeitura, Marion da Costa, e que já ali, era um simpatizante do adversário Vilso Agnelo.

O descontentamento do PMDB com a saída do ex- vereador aumentou quando se tornou público este mês, que ele assumiu o cargo de diretor geral da Secretaria Municipal de Agricultura, função classificada como Cargo de Comissão nível sete, portanto uma apenas abaixo do titular da pasta.

Procurado para comentar a perda, Marion da Costa, também presidente do partido, função a qual já pediu afastamento, limitou- se a apenas dizer: “é lamentável”.

Ele passou a missão para o líder de bancada, o vereador Cláudio Dias, que não economizou críticas ao ex- colega.

- Respeito à decisão dele, mas, não concordo. Um homem tem que ter ideais e princípios e lutar por eles até o fim. Como fica a militância do partido que acreditou nele? Um candidato trabalha em uma campanha inteira defendendo uma cor, seu partido perde e radicalmente ele  muda de lado e já assumi um cargo na administração. Muito estranho – declarou Claudio Dias.

Ele foi o primeiro a tentar impedir que Adão se desligasse quando este anunciou seus descontentamentos com o partido em meio última reunião da antiga legislatura.

- Eu pedi a ele que repensasse e achei que havia feito isso. Não éramos sabedores de que ele iria para outro partido- emendou Dias.